Nesta quarta, dia 29 de junho, Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta a exposição individual do artista carioca Marco Veloso, que ocupa um lugar de destaque no panorama do desenho contemporâneo em nosso país.
A mostra ocupará os dois espaços do andar térreo com um conjunto totalmente inédito de seis séries -com 16 desenhos cada- além de 16 desenhos individuais, produzidos especialmente para esta exposição. As séries, quase todas produzidas nos últimos meses, são feitas em carvão sobre papel. Uma única delas apresenta partes em pastel oleoso.
Como é característico de seu trabalho, os desenhos têm traços fortes e marcantes, explorando os vários matizes do cinza, do preto e do branco. Dando prosseguimento a seu trabalho dos últimos anos, esta mostra também apresenta fundamentalmente uma série de paisagens imaginárias nas quais “o urbano e o natural, da mesma forma que a abstração e a figuração, são encontrados lado a lado. Um detalhe figurativo pode ser apresentado de forma inteiramente abstrata, enquanto uma configuração abstrata pode se revelar parte de uma forma reconhecível”.
Exposição do Chelpa Ferro no Aldrich Museum
FC/RIO #4 – Um labirinto em cada pé
Nosso correspondente local Frederico Coelho está revoltado porque perdeu o show da Sharon Jones na última terça e também porque não consegue publicar coisa nenhuma no seu velho blogspot. Daí que o homem resolveu mandar esse texto sobre o disco novo do Rômulo aqui pro nosso b®og. (Na barra lateral direita do b®og tem uma apresentação do Fred pra quem ainda não conhece a figura)
Romulo Froes: É uma geração de artistas-operários, surgida em plena derrocada das grandes gravadoras e que, alijada da indústria, se viu obrigada a dar conta de todo o processo de construção de uma obra musical. Esse abandono, aliado ao avanço e ao acesso facilitado à tecnologia, constituiu uma geração especialmente ligada ao processo de gravação. O “som” produzido por ela, talvez até mais que suas canções, é o que a destaca em relação às demais. E, uma década mais tarde, milhares de discos produzidos depois, não é difícil imaginar o grau de excelência técnica a que se chegou. Pois agora, de posse de sua obra e de sua carreira, é chegada a hora dessa geração conquistar uma voz mais forte, que diga a que veio e que rompa a barreira do anonimato imposta à ela.
O principal equívoco é não falar de música. Entendo que o jornalismo esteja passando por uma crise muito semelhante à nossa, com o iminente fim de formatos estabelecidos e com as novas formas de apreensão ao nosso trabalho. Mas penso que seria muito mais rico, para todo mundo, se tentássemos entender este momento em que vivemos, através da produção autoral. Minha geração foi afastada do conceito de autoria. É entendida como um todo, sem se singularizar –e este é um erro não só do jornalismo, mas do ouvinte em geral. Não somos parecidos, somos muito diversos. Mas insistem em nos ligar e isso se dá menos por um pensamento crítico, mas muito mais por uma análise, quase sociológica. Eu, por exemplo, sou muito mais reconhecido pelo que penso, pelo que falo em entrevistas, que por meus discos. Não que não me interesse pela discussão –muito pelo contrário. Mas ficaria muito mais satisfeito se ela surgisse estimulada por minhas canções e não por minha fala. Acredite: tudo o que digo está incorporado à minha canção e construído ao longo dos meus quatro discos. Mas, nesse tempo de agora, parece não mais haver espaço para a fruição estética.
Não é verdade. Essa geração, como qualquer outra, tem artistas que fazem canções pop, mais intelectuais, mais experimentais, populares, cafonas, ingênuas, desencanadas, engajadas: tudo igual a qualquer época. O perverso é que estejam todos no mesmo patamar, sem que se distinga os graus de popularidade através de sua própria música. Estamos todos no mesmo barco, atravessando os mesmos mares revoltos.
A questão não é ter medo do sucesso, a questão é não querer demais o sucesso. Porque o sucesso como o conhecemos –da mitificação, do artista que entende e traduz uma nação– talvez não se realize mais. O nó dessa geração é que ela não precisa dialogar com o sucesso para produzir sua obra, talvez por isso mesmo nunca o alcance.
Tempo, é preciso tempo, mas parece que não o teremos mais.
‘O futuro da internet não está aqui’
Peguei o texto abaixo do Lawrence Lessig lá no site do caderno Link do Estadão.
O futuro da internet não está aqui
Por Lawrence Lessig
Ana Linnemann na Laura Alvim
Curso Arte e cultura no Brasil – Crises e saídas
Em seis encontros, o curso analisa como, ao longo do século XX, o Brasil constituiu para artistas e profissionais da cultura um campo autônomo de ação e criação, ligado ao mercado, à auto-gestão de recursos e ao Estado. As formas coletivas de atuação que, contra crises e falta de recursos, possibilitaram alguns dos modelos e soluções para os desafios do século XXI. De 7 a 12 de junho.
Arte e cultura no Brasil – Crises e saídas
professor Frederico Coelho
local Cinemateca do MAM terças-feiras, das 18h às 20h de 7 de junho – 12 de julho inscrição R$50,00 ementa O objetivo deste curso é, a partir de seis encontros, analisar como, ao longo do século XX, o Brasil constituiu para seus artistas e profissionais da cultura um campo autônomo de ação e criação – hora ligado mais ao mercado e à auto-gestão de recursos, ora ligado ao Estado. Ao mesmo tempo, pensar como esse campo autônomo desenvolveu uma série de formas coletivas de atuação que, sempre contra crises e falta de recursos, possibilitaram alguns dos modelos e soluções para os desafios do século XXI. Coletivos culturais, rasura do papel do autor, investimento em “economias criativas”, todas essas experiências hoje em voga encontram-se espalhadas em outros momentos de nossa história cultural. Ao estudá-las, sempre faremos um diálogo com os desafios que encontramos hoje – uma época plena de possibilidades, meios e tecnologias e ainda carente de recursos e certezas profissionais. programa
AULA 1 – Perspectiva geral do curso
História cultural brasileira e os desafios da arte no país ontem e hoje. AULA 2 – Arte, técnica, reprodutibilidade AULA 3 – Modernismos e modernidades no Brasil AULA 4 – Museus e Vanguardas: construtivismo brasileiro e renovação do sistema da arte AULA 5 -Arte, cultura e dinheiro: como financiar a utopia? AULA 6 – Arte, cultura, web e tecnologia: impasses e saídas bibliografia A bibliografia a seguir será complementada ao longo do curso com outras mídias que podem surgir durante os debates. AXT, Gunter e SCHÜLER, Fernando Luís (org.). Fronteiras do pensamento – ensaios sobre cultura e estética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. YÚDICE, George. A conveniência da cultura – Usos da cultura na era global. Belo Horizonte: UFMG, 2004. |
Lançamento livro MOV + debate _ Parque Lage
Na próxima quinta, dia 9/6, no Parque Lage acontece o lançamento do livro MOV e um breve debate com Frederico Coelho e Felipe Scovino. Segue abaixo o release.
MOV – Publicação bilíngue documenta a série de esculturas cinéticas do artista Raul Mourão
A série de esculturas cinéticas aa qual o artista plástico Raul Mourão se dedica desde 2010 acaba de ganhar um livro bilíngue. Em 87 páginas, a publicação reúne, entre fotos que mostram a evolução do trabalho que já foi exposto em três individuais e três coletivas no Rio, em São Paulo e Porto Alegre, uma apresentação do artista; a transcrição de uma conversa via Skype realizada entre ele, a curadora Maria do Carmo Pontes e o pesquisador Frederico Coelho; e textos escritos para as exposições individuais onde a série foi apresentada, por Jacopo Crivelli Visconti, Felipe Scovino e Frederico Coelho.
A série Balanços começou no final de 2009, quando a Intrépida Trupe esteve no ateliê do artista e levou esculturas da série Grades para a sala onde ensaiavam o espetáculo Projeto Coleções. “Semanas depois, ao visitar um dos ensaios, me deparei com duas esculturas balançando uma sobre a outra no meio dos improvisos que iriam definir a coreografia do espetáculo. De volta ao ateliê, resolvi fazer novas experiências reproduzindo aquele movimento, e isso detonou toda essa série de esculturas cinéticas registrada em MOV”, conta o artista.
Segundo o crítico de arte Felipe Scovino, as obras “têm compromisso com o diálogo; são lúdicas ao mesmo tempo em que impõem a constante do afeto. Se nos minimalistas, a produção tende a ser fechada em si mesma, impossibilitando um diálogo com o público, a não ser quando se coloca como ameaça ou obstrução, Balanços se projeta como território de passagens, incorporando tudo aa sua volta”.
Raul Mourão nasceu no Rio de Janeiro, em 1967, estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e apresenta seu trabalho desde 1991. Sua obra abrange a produção de desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Em 2010, sua recente série de esculturas cinéticas, que são objeto deste livro, foi exibida nas exposições individuais Balanço Geral, no Atelier Subterrânea, Porto Alegre; Cuidado Quente, na Galeria Nara Roesler, São Paulo; e Chão, Parede e Gente, na Galeria Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
Elas também estiveram nas exposições coletivas Projetos (in)provados, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Ponto de Equilibrio, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; e Mostra Paralela 2010: A Contemplação do Mundo, no Liceu de Artes e Oficios, São Paulo.
MOV foi possível graças ao apoio do Programa Brasil Arte Contemporânea, da Fundação Bienal de São Paulo e do Ministério da Cultura e tem distribuição gratuita. Os exemplares serão distribuídos para profissionais do meio artístico, imprensa e instituições culturais do Brasil e do exterior. Após o lançamento, o livro será disponibilizado para download sob a licença Creative Commons no site www.automatica.art.br.
Projeto, produção e edição
Automatica
Coordenação editorial
Marisa S. Mello
Projeto gráfico
João Doria
Produção
Camila Goulart
Estagiária de producão
Luisa Hardman
Revisão
Duda Costa
Versão para o inglês
Paul Webb
Transcrição da conversa
Verônica Tomsic
Mc Fininho n’O Globo
Peguei lá no site d”O Globo a matéria da Suzana Velasco que saiu no Segundo Caderno na sexta passada.
RIO – Se tudo que Cabelo faz, música e obra de arte, vem da poesia, MC Fininho é um de seus heterônimos. No lar do compositor de funks melódicos, o Estúdio Área de Lazer é um ambiente escuro, com desenhos em LED e lambe-lambes nas paredes, onde ele grava e toca suas composições. No resto da casa, ele espalha seus livros, CDs, LPs e as obras de arte de sua coleção, todas de autoria do artista plástico Cabelo. Fininho nasceu há alguns anos, mas, nas últimas cinco semanas, deu um pulo da infância à independência. Pois agora o MC entra em cena, na galeria A Gentil Carioca, onde vai se apresentar ao lado de convidados do mundo do funk, sábado, a partir das 17h.
A história começou a tomar forma há pouco mais de um mês, numa conversa entre Cabelo e o artista plástico Raul Mourão, seu amigo. Com uma data para expor na galeria e tomado pela música por conta da preparação de um CD – seu primeiro solo -, Cabelo criou 11 funks em uma semana. E, junto com Raul, que se tornou o curador da mostra, concretiza o primeiro projeto em que une suas facetas de artista visual e compositor, “Cabelo apresenta: MC Fininho e DJ Barbante no Baile Funk (Gentil) Carioca”. A música volta e meia aparece em suas obras, porém como um elemento pontual. Agora, ela vai tomar um tanto do espaço da galeria. Sobretudo no dia da abertura, quando, num grande baile funk, Fininho será o destaque.
Manifestando poesia
Cabelo + Mc Fininho n’A Gentil Carioca
17h Dj Artur Miró
La Caja Negra na Pinta – London
Lucia Koch na Silvia Cintra Box 4
CABELO E Mc Fininho n’A Gentil Carioca
Quebrando o tabu
Descriminalizar as drogas: este é o mote de “Quebrando o tabu”, filme estrelado pelo ex-
Presidente Fernando Henrique Cardoso (e produzido, entre outros, por Luciano Huck), que
estréia, em circuito nacional, nesta sexta-feira.
O tema é polêmico, mas a causa vem ganhando mais e mais adeptos. FHC está cada vez mais
envolvido com ela, a ponto de presidir a Comissão Global de Políticas sobre Drogas, da qual
também participam, entre outros, os ex-Presidentes César Gavíria (da Colômbia), Ernesto
Zedillo (do México) e Ruth Dreifuss (da Suíça), o ex-Comissário para as Relações Exteriores
da União Européia, Javier Solana, e os escritores Carlos Fuentes e Mario Vargas Llosa. Nosso
Governador, Sérgio Cabral, manifestou-se a favor, logo que assumiu seu primeiro mandato.
A Presidente Dilma não se manifesta muito sobre o assunto, mas parece ser contra, uma vez
que não hesitou em demitir, logo no início de seu governo, o Secretário Nacional sobre Drogas,
Pedro Abramovay, quando este declarou ser favorável à descriminalização dos “pequenos
traficantes”.
A clivagem não é entre esquerda e direita ou entre caretas e doidões. Defender a
descriminalização não significa fazer a apologia do uso ou do tráfico de drogas; o ponto de
convergência dos que se alinham nesta frente do debate é o reconhecimento do fracasso de
políticas meramente repressivas, como a guerra contra as drogas comandada pelos EUA nas
últimas décadas. Se a idéia é a de incentivar a redução do consumo, os recursos seriam muito
melhor empregados se fossem direcionados à educação e ao combate à dependência. Ou seja,
se o tema fosse tratado como uma questão de saúde pública, e não de polícia.
Alguns países, como Portugal, Itália, Espanha e Alemanha, têm realizado avanços importantes
nesta direção. Com resultados interessantes. Aqui no Rio, como em outras grandes cidades
brasileiras, poderia ser um elemento a mais da estratégia de diminuição da violência em curso.
Dada a visibilidade internacional que teremos por conta dos grandes eventos, poderíamos
assim contribuir para dar um maior peso a esta questão no debate político mundial, e assumir
um papel de relevo neste debate.
Vergara no espaço MULTIPLO
VERGARA LIBERDADE PARQUE LAGE
MOV na SP arte
Mc Fininho vem aí! Baile/Show/Exposição n’A Gentil Carioca – 4 de junho
Lurixs na SP Arte
Rivane na Travessa
RoncaRonca 5 anos na Oi FM
Edu Coimbra na galeria Nara Roesler – SP
abertura/opening
05.maio.2011 – 19h>23h
may 5th, 2011 – 7pm>11pm
exposição/exhibition
06.maio > 04.junho.2011
may 6th > june 4th, 2011
seg/mon > sex/fri — 10h>19h
sab/sat — 11h>15h
Sempre interessado no espaço e na paisagem, Eduardo Coimbra traz à Galeria Nara Roesler seus trabalhos recentes e intriga uma vez mais o espectador com uma arquitetura insólita, neste caso, a “arquitetura do jogo”.
Na exposição, maquetes, objetos e desenhos subvertem a lógica, fazendo com que seus significados tomem outras direções. Como apontado por Agnaldo Farias por ocasião da exposição Do Conceito ao Espaço, realizada no Instituto Tomie Ohtake (2003), com suas intervenções em espaços públicos (maquetes), Coimbra “estilhaça as fronteiras de cada um destes territórios, demonstrando que a obra de arte é um objeto que traz aos olhos do espectador aquilo que até então ele não imaginava ser possível pensar”.
Logo na vitrine da galeria, Coimbra cria um objeto plano, Piscina – construído com um mosaico de azulejos -, que da rua parece tridimensional, iludindo os passantes pela trama da profundidade. Em Estádios, três maquetes trazem jogos inventados pelo artista, sempre com uma dinâmica espacial em que o “público” da arquibancada inserido no trabalho, participa também da “jogada”. Os campos têm composições distintas: um com labirintos, outro com a superfície inclinada e o terceiro dividido em dois quadrados. Já na maquete Bairro, dois quarteirões são vistos de cima – paisagem aérea que fixa telhados com duas águas.
Entre os objetos que compõem a mostra está Escotilhas, série formada por três peças criadas a partir de janelas de navio, mas sugerindo os holofotes de piscinas, cuja luz projeta três imagens distintas do interior de piscinas. Já Dados, par de dados espelhados de 66 cm com furos quadrados indicando os números, traz a galeria para dentro da obra ao criar um jogo de espelhos.
Em outra obra, Dan Descendo a escada, uma referência ao artista francês Daniel Buren, Coimbra trabalha o desenho e a tridimensionalidade ao construir uma escada com listras e espelhos, criando a sensação de “uma escada dentro da escada”. Outros dois trabalhos da exposição travam um diálogo entre o desenho e o objeto, fazendo surgir imagens em 3D instigantes que, assim como os desenhos de Escher, brincam com a ordem das coisas.
O texto Escotilha para outra idéia de espaço que Adolfo Montejo Navas escreveu para o catálogo da exposição está lá no site da galeria.
Tonho Croco no Odisseia
Meridianos – Casa Daros
Morre em Lisboa o curador de arte Paulo Reis
Paulo Reis, querido amigo, curador, produtor e agitador incansável faleceu sábado em Lisboa. A tristeza por aqui é gigante. Paulo foi cedo demais e nem se despediu dos amigos. Vai fazer uma falta imensa. Segue abaixo a matéria do Mauro Ventura que está lá no Globo Online. (Mauricio Valladres comentou a perda lá no TicoTico)
– Ele era um sujeito enorme – conta o artista plástico José Bechara, dizendo-se muito “chocado e comovido” com sua morte, aos 50 anos.
Desde 2005, o carioca Reis morava em Portugal, onde criou em 2009 em Lisboa com dois amigos o Carpe Diem – Arte e Pesquisa, uma instituição instalada no Palácio Marquês de Pombal direcionada para a produção e realização de exposições, além da organização de conferências e master classes. “Arte e pesquisa’ é o mote de nosso projeto. Aliar a criação que deriva de um pensamento de arte ao pensamento sobre a própria arte”, definia. Sobre a gratuidade das ações, justificava dizendo que recebia apoio do governo e, portanto, tinha dever ético com o dinheiro público. Achava estranho produtores e instituições receberem apoio estatal e cobrarem ingresso e lucrarem. “E, na primeira oportunidade que aparece, não se inibem de falar mal do Estado. É uma vergonha, é indecente, é imoral”, disse ao site Artecapital.
Segundo o ensaísta António Pinto Ribeiro, ele era um “verdadeiro embaixador cultural entre os artistas e os curadores” de Brasil e Portugal. Seu trabalho foi importante para a internacionalização de vários artistas brasileiros na Europa, como foi o caso do próprio Bechara.
– Ele construiu um trabalho muito sólido. Gostava de abrir caminhos, expandir territórios. Era um investigador incansável da produção dos artistas, fossem eles jovens ou consagrados. Seu trabalho deu uma contribuição notável para a circulação pública e internacional dos artistas – diz ele. – Todo mundo perde muita coisa com Paulo. Era um homem bom e uma pessoa muito generosa e gentil.
A última grande exposição sob sua responsabilidade foi a “Paralela 2010”, em São Paulo, no ano passado.
Professor, curador e crítico de artes plásticas, Paulo Reis morreu no fim da tarde de sábado, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa. Em fevereiro último, teve uma pneumonia que se complicou com uma tuberculose. O funeral será nesta segunda-feira às 15h e a cremação, às 16h, em Lisboa.
Afonso Tostes na Lurixs – Rio
Curso com Marta Bogéa no Maria Antonia – SP
respiração > Carlito na Eva Klabin
Carlito Qualquer Direção na Silvia Cintra
FESTA DO MAM
Apicuri lança selo dedicado às artes
hoje lá em CosmoCopa…
A editora Apicuri começa o ano com uma novidade que promete empolgar o circuito das artes. A editora está lançando no primeiro semestre de 2011 o livro Pintura como ato de Fronteira do artista visual e Mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ Hugo Houayek, que inaugura o selo Pensamento em arte, já com mais outros títulos em preparação para lançamento no segundo semestre deste ano.
A coleção, organizada pelo artista visual Jozias Benedicto, busca expandir o canal de diálogo e discussão sobre o potencial do pensamento em arte, através da publicação de textos de artistas, críticos, teóricos e historiadores; oriundos ou não da pesquisa acadêmica. Procurando estar em contato tanto com o mundo acadêmico como com o público interessado em arte, a coleção busca proporcionar aos seus leitores o acesso a amplo e diversificado material para debate e reflexão.
Pensamento em arte pretende ser uma coleção em que fiquem nítidas a interdisciplinaridade, a excelência, a horizontalidade e a heterogeneidade nas relações entre autores e os mais diversos assuntos no campo das artes, com ênfase nas artes visuais contemporâneas.
O próximo livro que irá compor a coleção é Sobre o Vago – Indefinições na Produção Artística Contemporânea, do artista plástico e Mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ Álvaro Seixas, e a editora está em negociações e planejamento para a edição de outros livros de importantes curadores no Rio de Janeiro e em Santa Catarina.
De acordo com Rosangela Dias, editora da Apicuri, a proposta é ampliar o contato do público com as artes plásticas através de textos que pensam as artes plásticas e o que é produzir arte. Estes primeiros textos são Dissertações e Teses realizadas na Academia, mas que possuem teor poético. São textos de artistas plásticos que se aventuraram pelo arriscado caminho de refletir, não só sobre o que fazem, mas também sobre a produção de outros artistas.
Para mais informações entre em contato com a editora através do email: divulgacao@apicuri.com.br ou pelo telefone: (21)2533-7917.