Edu Coimbra na galeria Nara Roesler – SP



abertura/opening 
05.maio.2011 – 19h>23h
may 5th, 2011 – 7pm>11pm

exposição/exhibition 
06.maio > 04.junho.2011
may 6th > june 4th, 2011
seg/mon > sex/fri — 10h>19h
sab/sat — 11h>15h 


Sempre interessado no espaço e na paisagem, Eduardo Coimbra traz à Galeria Nara Roesler seus trabalhos recentes e intriga uma vez mais o espectador com uma arquitetura insólita, neste caso, a “arquitetura do jogo”.

Na exposição, maquetes, objetos e desenhos subvertem a lógica, fazendo com que seus significados tomem outras direções. Como apontado por Agnaldo Farias por ocasião da exposição Do Conceito ao Espaço, realizada no Instituto Tomie Ohtake (2003), com suas intervenções em espaços públicos (maquetes), Coimbra “estilhaça as fronteiras de cada um destes territórios, demonstrando que a obra de arte é um objeto que traz aos olhos do espectador aquilo que até então ele não imaginava ser possível pensar”. 

Logo na vitrine da galeria, Coimbra cria um objeto plano, Piscina – construído com um mosaico de azulejos -, que da rua parece tridimensional, iludindo os passantes pela trama da profundidade. Em Estádios, três maquetes trazem jogos inventados pelo artista, sempre com uma dinâmica espacial em que o “público” da arquibancada inserido no trabalho, participa também da “jogada”. Os campos têm composições distintas: um com labirintos, outro com a superfície inclinada e o terceiro dividido em dois quadrados. Já na maquete Bairro, dois quarteirões são vistos de cima – paisagem aérea que fixa telhados com duas águas. 

Entre os objetos que compõem a mostra está Escotilhas, série formada por três peças criadas a partir de janelas de navio, mas sugerindo os holofotes de piscinas, cuja luz projeta três imagens distintas do interior de piscinas. Já Dados, par de dados espelhados de 66 cm com furos quadrados indicando os números, traz a galeria para dentro da obra ao criar um jogo de espelhos.

Em outra obra, Dan Descendo a escada, uma referência ao artista francês Daniel Buren, Coimbra trabalha o desenho e a tridimensionalidade ao construir uma escada com listras e espelhos, criando a sensação de “uma escada dentro da escada”. Outros dois trabalhos da exposição travam um diálogo entre o desenho e o objeto, fazendo surgir imagens em 3D instigantes que, assim como os desenhos de Escher, brincam com a ordem das coisas.



O texto Escotilha para outra idéia de espaço que Adolfo Montejo Navas escreveu para o catálogo da exposição está lá no site da galeria.

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