Hoje passei lá no blog RIO REAL e curti esse texto aí embaixo. Clica aqui pra conferir o blog.



Chegou Rio Real, um blog novo de Julia Michaels, escritora, editora e jornalista americana que mora no Brasil há quase trinta anos.
Se você fala tanto inglês como português, sugiro que leia os dois textos. O inglês terá mais contexto e o português, mais detalhe.
A gente ainda não acredita. Apenas cinco anos atrás, não se podia caminhar em Ipanema e falar no celular –apesar dos seguranças fortões da Richards e da Mr. Cat— pois um assalto era certeza.
Agora, todo mundo tem celular, todo mundo se dá ao luxo de perambular e fofocar. O carioca tem fama de ser relax, mas só agora a noia está começando a se dispersar.
Cresce o número de construções, temos as UPPs e a ocupação social das favelas, esquenta-se o mercado imobiliário, há mais empregos e a renda cresce, os dados educativos são animadores, as lojas de frozen yogurt se espalham, pela primeira vez a saúde e o saneamento básico recebem atenção pra valer, a Lagoa está ficando limpa, abrem-se lojas e restaurantes novos, brasileiros de outras cidades chegam para morar no Rio, nas praias temos o choque de ordem de verão já adentrando o inverno, a Lei Seca pegou, os Jogos Olímpicos estão a caminho, o metrô se expande, e o melhor de tudo é que partes importantes da cidade estão mais seguras do que qualquer época que o carioca consiga se lembrar. Em todos os níveis governamentais, os políticos se tornaram amigos de infância: Dilma, Cabral e Paes estão trabalhando juntos para reverter a decadência que se instalou em 1960, quando a capital se transferiu para Brasília.
Mas vai durar? Será que os políticos irão persistir e as empresas vão investir— ou seja, se comprometer com o futuro a longo prazo?
Me diga o que quer saber. Da minha parte,tenho muitas perguntas…


Para um artista como você, qual a importância da realização de uma feira internacional de arte na cidade?
O Rio vive um momento de reconstrução ampla. Há um desejo de reinventar a cidade, uma convergência de acontecimentos positivos e as pessoas estão começando a se movimentar. A ArtRio, juntamente com outras iniciativas como a Casa DAROS, a nova sede do MIS na Av Atlântica, o MAR (Museu de Arte do Rio) na zona portuária e muitos outros, podem consolidar o Rio como um novo destino cultural do planeta. Uma cidade interessante para se conhecer, com uma história cultural única. Aqui vivem centenas de artistas plásticos, músicos, djs, escitores, cineastas etc. Falta apenas transformar essa produção artística numa cena cultural vibrante e que contamine o imaginário estético da população. Isso aconteceu na Movida Madrileña nos anos 80 na Madrid pós-General Franco e no Mangue Bit em Recife de Chico Science e Fred 04. Agora é a vez do Rio. De novo.
Você está participando da ArtRio com alguma obra? 
Esculturas cinéticas inéditas na Nara Roesler (SP) e Lurixs (Rio).

Como você define seu trabalho? 
Meu trabalho sempre trafegou por várias mídias, suportes e materiais. Pode ser uma escultura em aço de duas toneladas ou um texto soprado na orelha. Não respeito dogma nenhum. Tudo pode acontecer na rotina do ateliê. É sempre tentativa e erro e um olhar atento ao acaso e às coisas da cidade, do cotidiano, da web. E também um caderno ao lado da cama para anotar os sonhos e pesadelos.

O que tem feito e o que vai fazer em um futuro próximo?
Estou preparando esculturas em escala urbana para dois projetos. O primeiro é uma obra efêmera de 15m de altura em tubos de aço e braçadeiras para uma praça em Londres e o segundo é um conjunto de quatro esculturas aqui para o Rio mesmo. Além disso, em novembro vou participar da exposição coletiva Travessias no Museu Maré com curadoria de Daniela LabraFrederico Coelho  e Luisa Duarte e a participação dos artistas Luiz Zerbini, Lucia Koch, Marcelo Cidade, Marcos Chaves entre outros com coordenação geral do Jailson de Souza do Observatório de Favelas.

peguei lá no site da galeria Victoria Miro.

Victoria Miro is delighted to present a new body of work by Adriana Varejão in her third solo presentation at the gallery and her first show in London since 2004. One of the most original voices in contemporary Brazilian art, Adriana Varejão’s diverse practice comprises painting, sculpture and installation. Her sources are many, amongst others – baroque art, history, architectural ruins, natural sciences and theatre. Blurring the boundaries between painting and sculpture, Varejão’s work charts a unique development of ideas and common thread of research.

As in her iconic series Azulejões, where the artist amplifies the scale of the blue and white Portuguese tile, these new three-dimensional oil paintings have grown from her fascination to develop a technique that would allow her to reconstruct 19th century Pallisy ware from the celebrated Portuguese factory of Caldas da Rainha, run by Rafael Bordalo Pinheiro (1846 – 1905) one of the most relevant Portuguese artists and Palissy follower.

In this new body of work Varejão again plays with scale and expands the original plates to 1.5 meters reframing themes and colours and adding new layers of reference to the three-dimensional still life imagery present in Bordalo’s original ceramics.

Opening up the space of creation and re-creation, Varejão brings together the past and present through collective memories of social and art history but also through memories of personal and everyday life.

Upholding the visual poetics and conceptual impulses of her earlier series these works bring together many cultural references amongst them; Japanese Ama divers, Ethiopian natives from the Ono Valley, childhood reminiscences of the soft frail architecture of sand castles and sensual memories of eating quince fruit – a soul food in Adriana’s native Brazil. Prevalent throughout the paintings are crustaceans, crabs and sea creatures – famously characteristic of Pallisy ware – whose sheer abundance, overblown size and voluptuousness embody both the drama and pleasure of the senses and the wasteful lavishness of the baroque, recurrent throughout Varejao’s practice.

Varejão seldom works with the original materials she makes reference to and all surfaces are oil-painted. In the Azulejões series, the 17th century Portuguese baroque tile panels gain as support oil and plaster on canvas, rather than the usual ceramic tile. Again, in her current work, the ceramic medium is reinterpreted, this time through polyurethane platters with resin ornamental elements, all oil-painted.

O Itaú Cultural apresenta ICONOCLÁSSICOS, uma série de filmes sobre artistas brasileiros contemporâneos. A seleção traz documentários sobre o músico e compositor Itamar Assumpção, o artista plástico Nelson Leirner, o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa e o cineasta Rogério Sganzerla. E também uma adaptação do livro Catatau, do poeta Paulo Leminski.
Todos esses criadores são referências importantes no contexto da produção cultural brasileira e suas obras um legado para as novas gerações. Os filmes trazem material de arquivo, entrevistas, biografias e mostram a postura iconoclasta e visionária desses artistas. Cada uma das produções audiovisuais foi realizada por um diretor de destaque no contexto cinematográfico brasileiro, imprimindo uma qualidade autoral às obras.

O MoMA e o PS1 prestam tributo a Cao Guimarães “um artista cujo trabalho sente-se igualmente em casa tanto em galerias de arte como em salas de cinema”. Uma retrospectiva dos seus filmes e documentários será mostrada no MoMA e uma seleção dos seus curtas no PS1, nos dias 16 e 17 de julho. Tá lá no site do MoMa.

O americano Zach Lieberman e o japonês Daito Manabe se apresentam juntos no festival, em espetáculo inédito.


Evento de abertura tem lançamento do livro-catálogo “Multiplicidade 2010”
Celebrado como referência em performances audiovisuais, o festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados retorna ao centro cultural do Oi Futuro do Flamengo (RJ), no dia 30 de junho. Em sua sétima edição, o evento traz dois artistas internacionais, o americano Zach Lieberman e o japonês Daito Manabe, em uma parceria inédita no Brasil, usando o corpo humano como forma de inspiração.

Em Drawn, Zach realiza uma performance orgânica e contínua ao alterar sinais de vídeo em tempo real. Daito mostra o projeto Eletric Stimulus, em que sons são obtidos a partir da captação dos movimentos de diferentes músculos de seu rosto. Juntos, os artistas apresentam uma experiência multimídia ao vivo, com projeção visual do mapeamento de inúmeras partes do corpo. Será a primeira execução no Brasil destes dois notáveis trabalhos, mixados em um único espetáculo.

Após a apresentação, haverá o lançamento do livro-catálogo Multiplicidade 2010, uma compilação sobre os espetáculos realizados pelo festival. Faz parte da publicação o caderno Fragmentos, com trabalhos paralelos ao evento reproduzidos em 100 páginas. Ao longo do ano, outras atrações do Multiplicidade irão compor o mosaico dessa experiência inovadora no campo das artes digitais. “Esse é um momento de quebra de paradigmas na educação, no conhecimento e na produção artística. Me atrevo a dizer que as transformações oriundas da tecnologia são como o movimento de vanguarda que criou a tradição do novo”, diz Batman Zavareze, curador do festival.

Surgido em 2005, o Multiplicidade tem como missão trazer para o Rio de Janeiro o que há de mais inovador e inusitado em termos de espetáculos multimídia, sempre usando a tecnologia para unir arte visual e sonoridade experimental. Em 2011, artistas consagrados e premiados no cenário cultural-tecnológico realizarão performances únicas, que certamente ficarão marcadas na história do festival.

A temporada 2010 promoveu encontros inesquecíveis, como a apresentação de Carlinhos Brown com Gualter Pupo e os designers doArterial. Outro espetáculo arrebatador foi a performance do Letuce, com uma piscina de bolinhas de isopor como tela de projeção, em que o público era convidado a interagir com a banda. O Multiplicidade realizou também duas apresentações no Oi Casa Grande: o DJ Spooky apresentou a obra Terra Nova Sinfonia Antarctica, e o espetáculo do maestro Eumir Deodato com o designer Breno Pineschi foi eleito um dos 10 Melhores Shows de 2010 pelo jornal O Globo.

Desde a primeira edição do festival, o público carioca viu passar pelos palcos do Multiplicidade artistas como Arnaldo Antunes, Tom Zé, Jaques Morelenbaum, Vik Muniz, The Cinematic Orchestra, Peter Greenaway, Naná Vasconcelos, Muti Randolph, AntiVj, João Donato, SuperUber, Raul Mourão, Daedalus, Kassin e Chelpa Ferro, entre outros.

A longevidade do projeto deve-se em grande parte ao patrocínio da Oi e à curadoria de Batman Zavareze, designer de formação e pesquisador por paixão. Apresentações únicas de grandes expoentes da música e tecnologia ficaram marcadas e viraram referência em jornais, revistas e, principalmente, conversas de bar.

“A Oi e o projeto Multiplicidade renovam, a cada ano, uma parceria fundamentada no conceito de convergência e na inovação permanente”, diz Maria Arlete Gonçalvez, diretora de Cultura do Oi Futuro. “A união de arte e tecnologia, que está presente no DNA do Oi Futuro, abre espaço à promoção de criadores de espetáculos multimídia que privilegiam a diversidade de linguagens, os cenários inusitados e sonoridades experimentais”, afirma.

ATRAÇÕES DIA 30 DE JUNHO:

O trabalho de Zachary Lieberman consiste em aumentar as habilidades do corpo em se comunicar e “brincar” com a tecnologia, rompendo as barreiras entre o visível e o invisível, sempre utilizando softwares criados por ele mesmo. Com a instalação Drawn, acabou recebendo prêmios importantes nos festivais Ars Electronica e Cynet. Já fez parte de projetos de residência no Ars Electronica Futurelab, Eyebeam, Dance Theatre Workshop e o Centro de Novas Artes Hangar (Barcelona). Recentemente desenvolveu um software chamado EyeWriter, um rastreador de olhos abertos que ajuda artistas paralisados a desenhar de novo.

Nascido em 1976, Daito Manabe é graduado em Matemática pela Universidade de Ciências de Tokyo, formado pela IAMAS (International Academy of Media Arts and Sciences) e pelo curso DSP (Dynamic Sensory Programming). Sua habilidade em programação e pesquisa – consideradas de alto calibre – e seu estilo flexível renderam convites para participação em diversos projetos artísticos no Japão e em outros países. Em janeiro de 2009, Daito participou da abertura do Festival Ars Electronica Centre, em Linz (Áustria), com Zach Lieberman, Joel Gethin Lewis e Damian Frey. Seu projeto Electric Stimulus recebeu mais de 1 milhão de visitas no Youtube só no primeiro mês, o que motivou reportagens de TV na Rede Globo, CNN, MTV e Discovery Channel, entre outros. Daito é co-fundador, com Motoi Ishibashi,  da 4nchor5, e vice presidente da Rhizoatiks (Empresa de Arte e Multimídia).

SERVIÇO:

Festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados
Data: Dia 30 de junho (quinta-feira)
Local: Oi Futuro Flamengo – Rua Dois de Dezembro, 63 Flamengo/Rio de Janeiro.

Horário: 19h30 e 20h30

Entrada: R$ 15,00 inteira (com meia-entrada)
Capacidade do local: 84 lugares
Censura: Livre

fotos anexo: Divulgação/Multiplicidade
e-flyer: http://www.caotica.com.br/multiplicidade/2011/multi00/
vídeo divulgação: http://youtu.be/a4wgWwjS_Hc

Sobre o Oi Futuro

O Oi Futuro tem a missão de democratizar o acesso ao conhecimento para acelerar e promover o desenvolvimento humano. O principal foco das ações do instituto de responsabilidade da Oi é a promoção de um futuro melhor para os brasileiros, reduzindo distâncias geográficas e sociais. Os programas Oi Tonomundo, Oi Kabum! (escolas de arte e tecnologia), NAVE e Oi Novos Brasis atendem 600 mil crianças e jovens, desenvolvendo metodologias educacionais inovadoras, promovendo a inclusão digital e fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de professores e educadores da rede pública. Na área cultural, O Oi Futuro atua como gestor do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O Oi Futuro apoia, ainda, projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. Este leque de atuação no terceiro setor foi completado recentemente, quando foi criado o Primeiro Programa Oi de Projetos Para o Meio Ambiente, lançado no final do ano passado pelo Oi Futuro. A Oi foi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-educativos inseridos na nova Lei. Mais infos: http://www.oifuturo.org.br/

+ INFOS

Site Multiplicidade: http://www.multiplicidade.com/site/
Nas redes sociais: Facebook: http://www.facebook.com/multiplicidade e Twitter: @multiplicidade_

Assessoria de imprensa do festival Multiplicidade: Binômio Comunicação (http://www.binomiocomunicacao.com/)
Contatos: Marcelo Gusmão (21.7751 0116) e Joca Vidal (21.8798 6268)