Além da exposição de Cristina Canale – Arredores e Rastros (um belíssimo balanço da carreira da pintora carioca) o MAM Rio inaugura outras 2 exposições hoje as 19 horas com coquetel.

– “Se a pintura morreu, o MAM é um céu” (com obras de Luis Zerbini, Eduardo Berliner, Gustavo Spiridião, Adriana Varejão, Jarbas Lopes, Daniel Senise e Vania Mignone)

– Homenagem a Esther Chamma Carlos (Doação ao museu do acervo da recém-falecida crítica e colecionadora de arte, com obras de Antonio Dias, Waltercio Caldas, Tunga, Barrio, Antonio Manuel entre outros).

Na sequência vem Nuno, Waltércio, Bechara etc. É o MAM de Camillo, Frederico e cia botando pra quebrar.

Chacal e Flu no palco
A POESIA PROPRIAMENTE DITA

ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

QUARTA – DIA 30 DE JUNHO

20:30 – 5 REAIS

FLASH BACK 70
UMA SELEÇÃO INESQUECÍVEL
20:30 vídeo: O BEIJOQUEIRO de CARLOS NADER
21:00: relançamento do livro
“MUITO PRAZER” de CHACAL
ANA KUTNER e PAULO JOSÉ falam ANA CRISTINA CÉSAR.
MASÉ LEMOS – poemas seus e de LUIS OLAVO FONTES
MARIANO MAROVATTO – poemas seus e de CACASO
CRISTINA FLORES e CHACAL – poemas do MUITO PRAZER
AUGUSTO GUIMARAENS por AUGUSTO GUIMARAENS
21:30: a estréia do PLÁSTICO BOLHA no CEP
uma homenagem a JAMES JOYCE.
com
ANDRÉ CAPILÉ lendo passagem de Stephen Dedalus
MARIANO MAROVATTO lendo passagem de Leopold Bloom
ISABEL WILKER lendo passagem de Molly Bloom
e a banda CAFÉ IRLANDA.
Isso tudo aí embaixo está lá no Bricabraque (parece Millôr mas é Haroldinho. Ou será Elesbão?). E é por isso que eu acompanho desde sempre.
Pois ela perde pelo que pede, pelo que a demasia arranha nos ímpetos daquele que deveria ser par, e broxa, ao menos conceitualmente, por aquilo que pesa antes de ter forma.
E daí compromete-se com a iminência da pretensa eminência.

Chata, chatíssima assunção

A pior forma de perder alguém é, muitas vezes, vê-lo assumir-se artista.
Justificam-se muitas atitudes reprováveis com a cultura, mas ela não é fralda.
É por causa de “É por isso que esse País não vai pra frente” que ele não vai.
– O que você levaria para uma ilha deserta?
– Um barco.

Botas e maquiagem

Uma semana de fantasias é Fashion Weak.
Hormônios. Seu corpo lhe oferece bebida sem possibilidade de recusa.
Porque o sujeito pende cada vez mais à esquerda, até o dia em que atinge a direita.
Você finge bem e o outro acredita; e finge tão bem que passa a acreditar e outro duvida.

Multa

O Mundo chegar ao fim não é nada. O problema é rebobinar.

Nessa quarta, 30 de junho, rola a décima edição da festa GANG BANG no Fosfobox alí em Copa na Siqueira Campos. A festa recebe sempre um artista plástico (fazendo videoprojeções) e alguns djs convidados. Amanhã vou passar alguns vídeos e o dj convidado é o Diogo Reis (um dos cabeças do clã MOO e que, segundo o Biliu, é autor de sets que vão do Ítalo ao Techno, do Kraut a Disco, sempre com uma boa surpresa no meio).

Os Djs residentes Icarodátilus e Saulo Laudares prometem Funky, Tech, Deep, Techno, Electro, Disco, House, Breaks. Para entrar na lista amiga escreva para: contato@letsgangbang.com

Quarta-feira, 30 de Junho de 2010 a partir das 23 horas
Fosfobox Bar/Clube
Rua Siqueira Campos, 143 Copacabana
Entrada: R$ 25,00
Na lista amiga: R$ 15,00 até meia noite e R$ 20,00 depois

***ATENÇÃO***
É OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTO DE IDENTIDADE

01 jul – 15 ago 2010
A exposição, com curadoria de Luiz Camillo Osório, apresenta um recorte na pintura de Cristina Canale: são 20 obras do período de 1995 a 2010, ocupando parte do 3º andar do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, abrangendo as mudanças a partir da experiência de estudos na Alemanha até o momento atual.

Lançada, em 1984, pela mostra Como vai você , Geração 80?, Cristina fazia parte do grupo de jovens alunos da Escola de Artes Visuais do Parque Laje que passaram a integrar, após este evento, um dos núcleos mais consistentes e conhecidos da retomada da pintura, no país. Na decada de 80 o trabalho de Cristina se caracterizou pelas telas multicoloridas de farta matéria pictórica, e temas ligados a natureza. Em 1993, mudou-se para Berlim e, nesse ano, recebeu do Estado de Brandenburg a bolsa de ateliê-residência no Castelo de Wiepersdorf. De 1993 a 1996 estudou na Academia de Artes de Düsseldorf, com bolsa do Departamento de Intercâmbio Acadêmico da Alemanha (DAAD), sendo orientada pelo artista conceitual holandês Jan Dibbets. O período que passou na Alemanha foi determinante para a transformação do trabalho de Cristina, ela manteve o foco de sua pintura nas formas da natureza, mas abandonou o tratamento matérico da imagem e, finalmente, descobriu a potência expressiva da linha.

Segundo Luiz Camillo Osório: “A ida para Berlim em meados da década de 1990 deu à pintura de Cristina Canale uma personalidade própria, um estilo singular. Se já se destacava entre os pares da geração 80, a partir daí sua obra ganhou força incontestável. Seu compromisso com a pintura, ao contrário de lançá-la para fora do seu tempo, vai comprometê-la com as múltiplas temporalidades que convivem e se enfrentam no presente.

Sua pincelada assume a crença moderna na potência autônoma da forma. A experiência da pintura deve se sustentar por si mesma, sem se pautar em uma referência externa, nem tampouco isolar-se numa intransitividade que recuse o mundo. Não se trata de uma crença arbitrária e formalista, indiferente às questões do presente, mas de uma aposta na capacidade do olhar criar para si desejos e sentidos próprios. O tempo do olhar potencializa a experiência e não se esgota na identificação de algo fora dela. Seja na aspereza mais opaca da série dos botânicos, seja na vibração cromática das pinturas mais recentes, sua obra cativa o espectador no primeiro contato. Diante de suas telas nos surge uma figuração que parece existir por si, independentemente das convenções pictóricas que estruturam o aparecer das coisas. Há uma intensidade plástica que convoca o olhar sem um sentido dado de antemão. Convocação que põe o olho a trabalhar na difícil transformação da mera sensação em sugestão de sentido. “

O editor do Mapa das Artes, Celso Fioravante, informa que a nova versão do site já está no ar com uma série de novidades.

1 – A nova seção Supernova, que traz notícias curtas, exclusivas e com informações dos bastidores do circuito de arte

2 – Um novo sistema de busca, que agora abrange todo o conteúdo do site e não apenas os nomes dos artistas mencionados

3 – Uma nova home de abertura, em que as matérias aparecem com mais ou menos destaque, de acordo com a sua audiência

4 – Segmentação por Estado e cidade, que possibilitará que um dia o Mapa das Artes abranja todos os municípios brasileiros que tenham algum museu ou programação de artes plásticas.

Celso pede que se a sua cidade possui museu, centro cultural, galeria de arte, ateliê de artista ou qualquer tipo de espaço expositivo e ainda não está no site Mapa das Artes, solicite que o responsável pelo espaço entre em contato com o Mapa das Artes no e-mail mapadasartes@uol.com.br e eles avaliarão a inclusão no site.

peguei lá no site da Expomus

Inscrições abertas até 30 de junho de 2010

Usando a internet como base, o programa tem caráter inédito e experimental

A Expomus, em correalização com o Paço das Artes e em parceria com o Santander, tem o prazer de apresentar o programa Novos Curadores. Trata-se de uma ação inovadora, para dar oportunidades a novos talentos em curadoria, numa plataforma colaborativa, com intuito de contribuir para sua formação teórica e prática. O programa Novos Curadores, idealizado pela curadora Rejane Cintrão, abre inscrições gratuitas de 07 a 30 de junho de 2010, para pessoas físicas com idade igual a ou acima de 18 anos e residentes no país.

A seleção será feita entre os dias 05 e 09 de julho de 2010, por uma comissão julgadora composta por três orientadores e pela equipe de coordenação do programa, levando em conta o ineditismo, a criatividade e a qualificação do candidato. Os resultados estarão disponíveis no site da Expomus, a partir do dia 12 de julho de 2010.

Os seis candidatos escolhidos desenvolverão seus projetos durante o período de 19 de julho a 18 de outubro de 2010, partindo da conceituação até a seleção das obras, elaboração de textos de apresentação e disposição das obras no espaço expositivo. O processo se dará por meio de encontros e debates virtuais, sob a orientação e interlocução de curadores e designers.

O público poderá acompanhar no site do programa os bastidores da criação e organização de uma exposição de arte, além de poder comentar e interagir com os novos curadores e contribuir com assuntos para o blog, que trará discussões e informações sobre o mundo das exposições, curadoria e arte contemporânea.

A escolha do vencedor será feita por uma comissão de seleção e pelo público, que poderá votar pelo site do programa, entre 19 e 22 de outubro de 2010. O projeto selecionado será divulgado no dia 27 de outubro de 2010, e exposto no Paço das Artes, com inauguração prevista para o dia 25 de janeiro de 2011.

Para se inscrever basta que o (a) interessado (a), após ler o regulamento e estar ciente de suas obrigações perante o concurso, faça o download do arquivo Programas Novos Curadores – Ficha de Inscrição, e o envie com a documentação necessária, exclusivamente por correio eletrônico, para o endereço novoscuradores@expomus.com.br .

Equipe
Idealização: Rejane Cintrão
Realização: Expomus
Conceituação: Joana Tuttoilmondo
Produção executiva: Paula Amaral
Orientadores: Cauê Alves, Cristina Tejo e Franz Manata, responsáveis pela interlocução com o grupo. Cada um orientará dois dos seis participantes
Designers: Felipe Tassara e Álvaro Razuk. Cada um fará o anteprojeto de exposição de três dos seis participantes.
Website: Tecnopop
Edição de conteúdo: Washington Neves e Erico Marmiroli.

Maria do Carmo Pontes, a correspondente avançada do b®og em Londres (com foto e micro-perfil aí na barra lateral), mandou a terceira coluna MC LDN. Lá vai:


Ernesto Neto
The Edges of The World

Dentre os artistas cuja produção inclui instalações, parece haver um acordo tácito quanto aos temas que devem ser abordados: trauma, sociedade e violência figuram entre os assuntos favoritos. Como uma ovelha negra de sua linhagem, Ernesto Neto concebe a cada nova instalação maneiras inusitadas de acolher o espectador. Em sua nova mostra “The Edges of The World” que até 5 de setembro ocupa o último andar da Hayward Gallery em ocasião do “Festival Brazil” (com z mesmo), Neto concebeu um ambiente onde escultura vira desenho, que vira madeira, depois pintura de parede, água, som, cor e, claro, cheiro.

Logo ao terminar o último lance de escada que conduz à exposição o visitante é fagocitado por um pano de lycra claro sobre sua cabeça como um teto rebaixado, de onde cai um pequeno pêndulo com pedrinhas. Trata-se só da ponta de uma grande rede  de tecidos com vários pequenos pêndulos que perpassa todas as obras expostas. Quatro esculturas de madeira em forma de escada estão dispostas ao longo da mostra, e os espectadores são bem vindos para subir nas escadas e ver a exposição de outro ponto de vista através desta rede de tecidos translúcida. 

Os trabalhos continuam extremamente orgânicos, como é próprio do artista, mas a sua paleta de cores aumentou e agora apresenta tons fortes como vermelho, verde ou roxo. Esta preocupação com cores é justificada na maior instalação presente “Horizonmembranenave”, um túnel de lycra rodeado por uma uma escultura vermelha do mesmo tecido tal qual um coreto, uma escada espiral e um largo tecido verde que, disposto a cerca de 40 cm do chão, percorre todo o lado esquerdo da obra. Em todos os casos, o espectador é convidado a interagir com a obra: pisar, subir e entrar, assim como o é com a escultura central da instalação, onde é chamado a adentrar este túnel sustentado por diversos arcos de Madeira dispostos com intervalos entre um e outro como vértebras. O trajeto segue curvo, formando um espiral que começa laranja e torna-se gradativamente amarelo, verde limão e assim vai, passando por todas as cores do arco-íris numa sucessão de sutilezas e cheiros que desemboca num grande terraço. Nesta área externa o artista colocou um lago e duas cabanas amarelas que servem como vestiário; os visitantes são convidados a trocar de roupa e mergulhar. Os outros dois terraços do andar também foram utilizados por Neto, que armou um jardim num e uma enorme escultura de discos  de aço articulados entre si no outro.

Meio mundo, meio corpo, certamente visceral, a exposição interage com quase todos os sentidos e impressiona por sua riqueza de detalhes e cuidadosos acabamentos. O espectador ao sair da mostra não só esteve dentro do arco-íris como o tocou, viu de cima, cheirou e certificou-se de onde ele começa e acaba. Alguém já criticou Neto por fazer sempre o mesmo tipo de obra. Se esta crítica é válida ou não para olhar a produção de qualquer artista é um outro  e longo assunto. No caso do Neto, de fato os materiais e as formas são parecidas e até repetidas, mas seja no Armory em Nova York, no MACRO em Roma ou na Hayward, o artista se reinventa constantemente: a cada mostra as narrativas se renovam, dialogando com o espaço de forma única e estabelecendo relações que, precisamente por serem orgânicas, se remodelam de acordo com os diferentes ambientes. E ele o faz cada fez melhor.

Serviço: Hayward Gallery
Southbank Centre
Londres, Inglaterra
http://www.haywardgallery.org.uk/

 
 
 
 
 
 
 
 

Oi FUTURO DO FLAMENGO INICIA A SEXTA TEMPORADA DO FESTIVAL MULTIPLICIDADE COM CARLINHOS BROWN, GUALTER PUPO E ARTERIAL

O Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados é um festival de performances audiovisuais que acontece desde 2005 no Rio de Janeiro e que mostra ao público um amplo repertório de atrações no Oi Futuro Flamengo e no Oi Casa Grande. O seu principal conceito é unir em um mesmo palco arte visual e sonoridade experimental em espetáculos multimídia. As atrações da sexta temporada, que tem início no dia 24 de junho, no Oi Futuro Flamengo, são o cantor e compositor Carlinhos Brown,  o diretor Gualter Pupo e o núcleo de design Arterial. Após a apresentação, acontece o lançamento de Multiplicidade 2009, livro-catálogo que celebra os espetáculos realizados pelo festival no ano passado.

Ao longo de cinco anos, o Multiplicidade realizou no Oi Futuro mais de 70 apresentações de artistas como Tom Zé, Arnaldo Antunes, Fausto Fawcett, Cao Guimarães, Chelpa Ferro, João Donato, Muti Randolph, Kassin, Siri, Lucas Santtana, DJ Sany Pitbull e artistas internacionais como Diplo (Estados Unidos), Prins Nitram (Dinamarca) e Petahertz (França). Ao todo mais de 150 artistas, nacionais e internacionais, já passaram pelo evento.  Para essa temporada, o curador Batman Zavareze programou oito edições mensais no teatro do Oi Futuro e duas no final do ano no Oi Casa Grande.

“O desafio como Festival é expandir e proporcionar apresentações inusitadas que experimentem novas linguagens, os limites das novas mídias digitais. O Festival Multiplicidade tem um recorte transversal com suas programações mensais intervaladas entre os espetáculos, um formato diferente justamente para oferecer aos artistas possibilidades únicas. A intenção é ser singular, especial a cada espetáculo. Além disso o Multiplicidade é plural na diversidade de sua programação, como próprio nome do Festival já indica”, analisa Batman.

Em outubro de 2008, o Multiplicidade iniciou uma nova fase através de edições especiais no Oi Casa Grande para um público de até 1.000 pessoas. A infra-estrutura do teatro parece ter sido feita para abrigar as novas linguagens tecnológicas do Multiplicidade. As apresentações em 3D dos franceses do AntiVj, a performance com ingressos esgotados do artista multimídia Peter Greenaway (País de Gales); e da banda de jazz eletrônico The Cinematic Orchestra são exemplos de um marco na história cultural recente da cidade que instigou e provocou novas discussões sobre a relação entre música, cinema, arte e tecnologia. 

ATRAÇÕES DO DIA 24 DE JUNHO

Carlinhos Brown
Salvador, Candeal, candomblé, músico, cantor, percussionista, compositor, produtor, agitador cultural, poeta, carnaval, trio elétrico, samba-reggae, axé music, canção; 1 milhão de pessoas nas ruas da Espanha, Timbalada, Tribalistas, projetos sociais e culturais, Pracatum, Museu du Ritmo, Alfagamabetizado, Omelete Man, Carlito Marrón; composições gravadas por Maria Bethânia, Gal Costa, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Marisa Monte, Nando Reis, Cássia Eller, Ivete Sangalo, Herbert Vianna, Sepultura, um dos artistas mais populares e respeitados em todo o mundo, com destaque especial na Espanha, França, Itália e Alemanha, representante do Brasil no CD oficial da Copa do Mundo de 2010. Este é Carlinhos Brown.

Gualter Pupo
Gualter Pupo começou sua carreira como diretor de arte no cinema e na publicidade em meados dos anos 90. Durante 10 anos, trabalhou em 9 longas metragens, entre eles Carlota Joaquina e Buffo & Spallanzani, e cerca de 500 filmes publicitários. Em 2007, foi eleito o melhor diretor de arte do mundo por conta de um comercial da Burger King assinado pela produtora Hungry Man. Desde então, Gualter assumiu a direção de filmes e projetos que juntam design, cenografia, arte, animação, pós produção e imagem para contar suas histórias.

Arterial
O escritório de design Arterial é o resultado da parceria dos desenhistas gráficos Marcos Leme e Christiano Calvet. Com vasta experiência no mercado brasileiro e internacional, o Arterial é especializado na construção de marca, comunicação cultural e corporativa, tipografia, direção de arte, motion graphics e web design. Desde 2007, Arterial colabora com agências no Brasil e no exterior, tendo participado de projetos com a McCann-Erickson (NYGoodby), Silversteen, Partners (SF), Generositas (Jamaica), além de clientes como Macy’s, Bacardi e American Express.

Serviço:
Festival Multiplicidade_Imagem_Som_inusitados
Data: 24 de junho
Local: Oi Futuro do Flamengo – Rua Dois de dezembro, 63
Horário: 19h30
Entrada: R$15,00 (com meia-entrada)
Lotação: 100 lugares
Censura: Livre

Assessoria de Imprensa: Binômio Comunicação
Marcelo Gusmão: 21.78219509 e Joca Vidal: 21.87986268

Peguei lá no site do prêmio PIPA.

Cada membro do Júri de Seleção indicou até cinco artistas ao Prêmio.
Segue a relação completa com os nomes dos 101  artistas selecionados para o Prêmio Investidor Profissional de Arte – PIPA – 2010, em ordem alfabética:

– Alberto Bitar
– Alice Miceli
– Amanda Melo
– Ana Holck
Ana Paula Oliveira
– André Komatsu
– André Severo
– Anna Paola Protásio
Arjan Martins
– Armando Queiroz
Barbara Wagner
– Bruno Vilela
– Cadu Costa
Cao Guimarães
Carla Guagliardi
– Carlos Contente
– Chiara Banfi
– Cinthia Marcelle
– Cleone Augusto
– Cristiano Lenhardt
– Cristina Ribas
– Daisy Xavier
– Daniela Mattos
– David Cury
– Debora Bolsoni
– Detanico e Lain
– Eder Roolt
– Eduardo Berliner
Eduardo Coimbra
– Eduardo Frota
Erika Verzutti
– Fabio Zimbres
– Fabricio Lopes
Felipe Barbosa
Felipe Cohen
– Fernanda Gomes
– Gê Orthof
– Henrique Oliveira
Ivani Pedrosa
– Jaílton Moreira
– Joana Cseko
– João Modé
Jonathas de Andrade
– José Bechara
– José Rufino
Kilian Glasner
Laís Myrrha
Laura Lima
Laura Vinci
– Lenora de Barros
Lourival Cuquinha
– Lucas Bambozzi
– Luiz Hermano
– Luiza Baldan
– Marcellvs L.
Marcelo Amorim
– Marcelo Cidade
– Marcelo Moscheta
– Marcelo Solá
– Marcius Galan
– Marcos Chaves
– Maria Laet
– Maria Lynch
– Mariana Manhães
– Mariana Palma
– Marilá Dardot
– Marina Rheingantz
– Mauro Espíndola
Mauro Restiffe
– Milton Marques
– Nicolas Robbio
– O Grivo
– Odires Mlászho
– Otavio Schipper
– Patricia Leite
– Patricio Farias
– Paulo Nenflídio
– Rafael Carneiro
Regina Parra
– Renata Lucas
– Rivane Neuenschwander
– Roberto Bellini
– Roberto Moreira Junior ( Traplev)
– Rochelle Costi
– Rodrigo Andrade
Rodrigo Matheus
Romano
– Rommulo Conceição
– Rosana Ricalde
– Sandra Cinto
– Sara Ramo
Sergio Allevato
Sofia Borges
– Tamar Guimaraes
Tatiana Blass
– Thiago Honorio
– Thiago Rocha Pitta
– Tiago Giora
Tony Camargo
– Vitor Cesar
– Waléria Américo

Peguei a entrevista abaixo lá no blog popup do Bruno Nogueira de Recife.

Chega uma hora que toda grande banda não consegue mais dar conta de todo seu potencial criativo. São tantas idéias e propostas, que inevitavelmente seus integrantes começam a fazer projetos paralelos para dar conta de todas as vontades que sentem em se expressar musicalmente. A Nação Zumbi talvez seja um dos melhores exemplos nacionais. Praticamente todos seus integrantes – até a turma da percussão – tem projetos a parte. De todos esses, além do 3naMassa do baterista Pupilo, o Maquinado é um dos que chama mais atenção. Em entrevista ao N’Agulha, Lúcio Maia – talvez o mais polêmico de todos integrantes da Nação – falou sobre o disco novo, trabalho e música.

No Maquinado, de certa forma, você começa do zero. Dá para sentir muita diferença de um artista montando sua carreira solo agora, com o que se passa com um grupo como a Nação Zumbi? Falo em questão de conseguir shows, espaços, venda de disco, etc.

Não dá pra comparar uma banda com vinte anos de carreira pelo mundo todo com um projeto de apenas dois discos. Covardia. Claro, a Nação tem o nicho próprio do ano todo, que conquistamos com bons shows e discos condizentes. Mas sinto uma semelhança muito grande com os dois começos. Tanto a Nação quanto o Maquinado, os show são frequentados por entusiastas da música. Ou seja, gente que procura coisas diferentes. Sendo assim, posso até ter uma boa perspectiva se continuar trabalhando sério.

Os projetos paralelos da Nação Zumbi começaram todos em clima de despretensão. Mas o Maquinado agora está no segundo disco, já aparece mais em festivais, propagandas de TV, etc. Esse é um resultado maior do que o esperado?

Trabalho com isso. Tudo que faço é música e daí tiro meu ganho. O Maquinado é um planejamento de anos, desde que comecei a tocar. Seria hipocrisia entrar nesse clichê de “simplesmente aconteceu!”, que é até mentira. Corro atrás do pão todo dia senão passo fome. Nação, Maquinado, Los Sebosos, Almaz, todos são desdobramentos musicais que servem de desafio e sustento.

As escolhas para esse segundo disco proporcionam um esquema que pode circular bem mais, e com mais facilidade, pelo país em termos de shows. Em que nível de prioridade o Maquinado fica hoje na sua carreira como Músico?

Aproveito as brechas da Nação neste começo de ano, já que estamos na entresafra de disco, pra tocar o Maquinado. Tudo eu planejei desde o ano passado. Sabia que teria tempo pra me dedicar ao Maquinado. Tento colocar as coisas de forma bem aberta com meus camaradas.

Quando Du Peixe cantou uma música sua no primeiro disco, parecia que ouviamos uma música da Nação Zumbi. Só que isso não seria mais possível com as faixas atuais, que seguem uma textura totalmente diferente. Suas “ansiedades musicais” hoje estão mais para o Fome de Tudo ou para o Mundialmente Anônimo?

Nenhum dos dois, pois ambos, neste exato momento, fazem parte do passado. Minha cabeça já está organizando as próximas incursões.

Apesar da programação e dos elementros eletrônicos estarem presentes, o segundo disco é bem mais orgânico que o primeiro. Isso, de certa forma, diz muito de seu momento atual como músico. O que você andou ouvindo quando pensava no disco? E que está ouvindo agora?

Muita coisa. Nem sei dizer. Resolvi gravar um disco ao tradicional. O primeiro foi um trabalho minucioso de produção e levou dois anos pra ficar pronto e neste fiz as músicas, gravei e finalizei o disco em seis meses. Os métodos de gravação e produção é que dão o direcionamento de um album.

Com o Maquinado, de certa forma, você está tendo ainda mais experiência na cena independente do que a Nação Zumbi. O que você tem achado desse mercado atual no Brasil? Esse dos festivais, selos e bastante download?

É tudo uma merda muito grande. Os festivais não querem pagar cachês as bandas iniciantes, passagem aérea é caro pra cacete e equipamento só viaja via carga que inviabiliza tudo. Os selos independentes não tem grana nenhuma pra investir na banda e querem duzentos por cento de comissão. As rádios e canais de tv tem coragem de ramsters pra investir em cultura, principalmente música alternativa. Disco não vende. O que mais eu posso acrescentar nesse bolo de bosta?

Quem chega no Recife nem acredita, mas Mundo Livre S/A, Nação Zumbi, Otto e nem 3naMassa, Maquinado ou mais ninguém toca em rádio. Só que isso acontece em quase todo o país. Já tem uma geração nova da música brasileira que cresceu sem ouvir rádio, mas reclama de não tocar lá. Isso faz falta para você? Você escuta rádio?

Não ouço rádio nem vejo tv, mas tenho consciência que pra ganhar grana de verdade você tem tramitar nesses veículos de massa. Um conselho que eu dou a quem quer viver de música: esqueça o radicalismo.

Sem falar em mercado e dinheiro agora, mas de música. Do que você tem ouvido por onde passa pelo país, o que te deixa inquieto na música brasileira, tanto positiva quanto negativamente? O que está bom e o que está faltando?

Eu não pagaria um centavo pra ver um Jamaicano tocando blues ou um americano tocando polca ou um argentino fazendo reggae. Penso que o Brasil perde muito com essa falta de nacionalismo musical, no bom sentido. O samba não uma intituição e sim uma materia prima que pode sofrer moldes infinitas vezes sem perder a assência. Mas é mais fácil entrar na onda da vez e aproveitar os poucos quinze minutos. Quem empurrou a música brasileira pra frente e conseguiu tem seu lugar garantido, por menor que seja. Eu prefiro estar no dicionário da música popular que na revista caras.

Você fez parte de algo que mudou a história da música no Brasil. E o Maquinado, em sua própria forma, continua misturando referências com um resultado que parece ser novo, no sentido que a gente não escuta duas bandas iguais a sua. Quando você escuta música, faz alguma cobrança nesse sentido de inovação / ineditismo, etc?

Pra mim o ponto crucial pra gostar de uma banda é o ineditismo do som. Cópias são um saco. Tanto que não consigo gostar do Franz Ferdinand porque tenho todos os discos do Talking Heads. Se eu perceber qualquer semelhança do que faço com outra música ou banda, abandono a idéia. Não estou aqui pra dizer o que é certo ou errado. Cada um faz o que tem vontade. Mas se não fosse um curioso que pesquisasse os fungos não teríamos a penicilina…

Em 2006 o Bruno Nogueira entrevistou Lúcio Maia sobre o começo do Maquinado. Quem quiser conferir é só seguir o link.

Rivane Neuenschwander prepares ribbons printed with wishes for “I Wish Your Wish,” part of a show of her art opening Wednesday at the New Museum 

A Brazilian Makes Playful but Serious Art

At the New Museum last Friday the artist Rivane Neuenschwander was on her knees, slicing up the carpeting in a third-floor gallery as she searched energetically for microphones hidden in the floorboards and walls. A security and surveillance team had secreted the bugs there at her request, but without her knowing their locations; now the devices were recording her hunt in the otherwise silent room, in preparation for a fast-approaching show. 

Ms. Neuenschwander’s exhibition, a “midcareer survey” — she’s 42 — that opens on Wednesday and continues through Sept. 19, is called “A Day Like Any Other,” but this was definitely out of the ordinary. “I don’t know how this is going to work,” she said. “I may have to tear the walls down.”
The painstaking search was part of a new work, “The Conversation,” inspired by the 1974 Francis Ford Coppola film of the same name, in which a wiretap expert believes that he himself is being observed.
“Remember that wonderful last scene, where Gene Hackman destroys his apartment looking for a microphone, a bug?” she said. “That kind of paranoia interests me, and thus this work is a mixture of chance and control. It is not preconfigured but is instead rather like a game, and it ends only when I have found all the microphones, which will then be replaced with speakers to play back the sounds of my destruction of this space.”

Games figure heavily in much of Ms. Neuenschwander’s art, especially games meant to make the spectator a participant in a work. She is a Brazilian, and very much part of a tradition of blurring the distinction between creator and viewer established by modern Brazilian artists like Lygia Clark and Hélio Oiticica.

“I do think she is completely different from her predecessors, but they are also there and essential to understanding her work,” said Richard Flood, chief curator at the New Museum, in the Bowery. “The notion of social agency is incredibly important, and maybe that’s what she and they share the most: the belief in art as something participatory.”

Ms. Neuenschwander also draws from her country’s rich folk traditions. One of her best-known works — “I Wish Your Wish,” first presented in 2003 — is derived from a tradition popular among pilgrims to the Church of Nosso Senhor do Bonfim in Bahia, who bind ribbons to their wrists or the church’s front gate in the belief that when the ribbons fall off or disintegrate, their wishes will be granted.
In Ms. Neuenschwander’s conceptual-art variation, which will be displayed at the rear of the New Museum’s lobby, colorful silk ribbons have each been stamped with one of 60 wishes left by previous viewers of the piece. The show’s visitors can take a ribbon from one of 10,296 small holes in the wall in exchange for scribbling a new wish on a slip of paper and inserting it into the hole. “When I was starting off, I was very interested in the ephemeral, in quotidian materials that disappear or are subject to entropy, which is how my art got stuck with labels like ‘ethereal materialism,’ ” she explained.

Ms. Neuenschwander’s artistic vocabulary “always contains the presence of the other,” said Ricardo Sardenberg, a Rio de Janeiro-based curator, critic and art-book publisher who has known the artist for a dozen years. “She started off drawing on things that are typically ours,” he added, “food and objects from the street and from fairs. But once she began traveling outside Brazil, she grabbed hold of elements from the daily life of wherever she happened to be and transformed them aesthetically, too.”
Another piece, called “Involuntary Sculptures (Speech Acts),” originally from 2001 (but like many of her works, constantly updated), takes its title and inspiration from Brassaï’s 1933 photographs of graffiti and other ephemera. Ms. Neuenschwander has combed bars and taverns looking for the three-dimensional doodles that customers idly construct from straws, paper, plastic and clips while they drink and converse, which she then turns into “works of art” by mounting them on pedestals.
Behind the playful exterior of her work, Ms. Neuenschwander says, there often lurks something “more somber and serious,” even dark. Brazilians may have the reputation of being happy-go-lucky, but that is not an attitude or a temperament she generally shares.

“I like a sense of humor, but me myself, normally I’m more melancholy than playful,” she said. “I think that I’m fearful, that I take things badly, and that the playfulness you see is really a way of escaping my timidity.”

Suzanne DeChillo/The New York Times
Rivane Neuenschwander installs buckets at the New Museum for her piece “Rain Rains.” She says her playfulness has a “somber and serious” side.

For example, she said, the apparent hopefulness of “I Wish Your Wish” is really a way of getting spectators to articulate the most primeval of their anxieties. “If you wish for health for yourself and your family, it’s because you fear a disease,” she contended. “If you say, ‘I wish for Obama to be re-elected,’ it’s because you dread a return to the Bush era.”

Born in 1967 in Belo Horizonte, the fourth largest city in Brazil, Ms. Neuenschwander is of Swiss, Portuguese and Amerindian descent. She comes from what she describes as “a family of bohemians,” and grew up “happy but kind of directionless” — and somewhat solitary — in a striking Modernist house “with lots of hiding places and nooks and crannies,” she said.

“I was very quiet and always had difficulty in communicating, which is perhaps why I had to find a way to express myself,” she said. “I tried music first, guitar and flute, but that didn’t work because I didn’t have the talent, so then I turned to the social sciences, wanting to become an anthropologist. But I didn’t have the patience to study sociology and economics, so I eventually gave that up, too.”
After earning a fine arts degree in Minas Gerais, her home state, “I lost a lot of time doing applied arts to make some money and survive,” she said. But she worked on her own projects on the side, and in 1996 she won a grant to study at the Royal College of Art in London, and a gallery there soon took an interest in her; she also spent time in Italy, Germany, Spain and Sweden before returning to her birthplace, where she lives with her German husband, Jochen Volz, artistic director of the Inhotim Center of Contemporary Art in Brumadinho, Brazil, and two children.

“There is always a bit of surprise about her abroad because she’s got that Germanic surname, light hair and green eyes,” Ivo Mesquita, a Brazilian critic and curator who formerly directed the São Paulo Biennial, said in a telephone interview. “But her passport is Brazilian, she has a Minas Gerais accent when she speaks Portuguese, and her artistic lineage is primarily, though not exclusively, Brazilian.”
Many of the non-Brazilian influences come through film, literature or music. For instance, “First Love,” a piece conceived in 2005 that will be part of the New Museum show, is inspired by a Samuel Beckett novella of the same name, and requires the services of a police sketch artist, who asks visitors to describe in detail the features of the first person with whom they fell in love.

“Rivane’s work is really very diverse, and she’s got a mind that works around the clock,” said Sergio Bessa of the Bronx Museum of the Arts, who was the curator for a show on Brazilian Tropicalismo in 2006 that included a work of Ms. Neuenschwander’s. (Based on “Joe Carioca,” a Walt Disney comic book series, the work stripped everything from the comic page except empty speech bubbles that visitors could fill in.) “She is definitely here for the long run. She is always interested in ideas, and the material and the style flow from the particular concept that she has decided to grab hold of.”

From the New Museum, “A Day Like Any Other” travels to the Mildred Lane Kemper Art Museum, St. Louis; the Scottsdale Museum of Contemporary Art in Arizona; the Miami Art Museum; and the Irish Museum of Modern Art, Dublin.















Últimos dias para inscrição de projetos no edital da Secretaria de Estado de Cultura na área de artes visuais.

Valor: R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais)

Descrição:
Seleção de projetos que abranjam uma das seguintes ações:

a) Exposições e intervenções de arte a serem realizadas em espaços públicos ou privados situados no Estado. O projeto deverá prever atividade paralela como: seminário ou oficina ou palestra. Serão priorizados projetos que promovam a circulação na Capital ou no Estado. Valor total para essa ação R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais) e serão selecionados projetos com orçamento até R$100.000,00 (cem mil reais) cada.
b) Organização, conservação e catalogação de acervos e materiais referentes à memória e ao patrimônio das artes visuais no Estado. Valor total para essa ação R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) e serão selecionados projetos com orçamento até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) cada.
Inscrições abertas - Clique Aqui


Passei ontem no Ticotico do Mauricio Valladares e me deparei com esse depoimento bombástico do dj/fotografo mais querido do Brasil. Mauricio coloca lá nas alturas o Cosmograma do Flying Lotus (estou agora na minha primeira audição). Infelizmente ontem eu não consegui ouvir o RoncaRonca pra conferir Mauricio tocando e comentando o som do Steven Ellison…

 

segue o post do Mauval:

afinal, “cosmogramma” – o terceiro disco do flying lotus (steven ellison) – é a síntese sonora da nova década.
tá achando meio exagerado?
pode ser… mas além dele,  eu não conheço nada que consiga ser rotulado (ARGH!) como tal!
qual som, hoje,  pode ser O exemplo mais próximo daquele feito por elvis nos anos 50, em termos de “novos ares”…
e com toda carga possível de influências & cia?
ou dylan em meados dos 60? ou os mutantes, porraqui, no final dos 60?
e jimi hendrix quando mostrou uma guitarra completamente desconhecida?
tem noção do estrago que o pink floyd de barrett fez?
e a rapaziada de oxford batizada “cabeça de rádio”?
e a “juventude sonica” de NYC?
enfim, quem em 2010 consegue soar NOVO… sem requentar, afanar, blefar!
quem vai conseguir mixar tudo, sem usurpar?
quem vai alargar o território… e mais, quem vai marcar outras fronteiras?
que responsa!
steven é sobrinho-neto de alice coltrane… consequentemente, aparentado sabe de quem, né?
sentiu o peso da herança?
ha ha ha!!!
mas o fato é que ele conseguiu ir muito além de tudo que já passou pelo meus ouvidos nos últimos anos.
não me recordo de trombar com um som tão, tão, tão… é, como é mesmo que se fala?
é… é… sim, sim… um som NOVO! “VIRGEM”!
claro, óbvio, estou falando da minha experiência… dos sons que conheço.
certamente há outras criações tão originais quanto “cosmogramma” mas elas até agora ainda não chegaram aos meus tímpanos.

No ultimo dia 2 de abril eu coloquei aqui no b®og um videozinho da Wired anunciando sua versão pro iPad. Hoje peguei esse video acima lá no Youtube. E vi também lá no Viuisso? do Michel Lent o post abaixo do dia 27/05.
Primeira edição da WIRED para iPad vende 24 mil unidades em 1 dia
A primeira edição da WiReD para iPad é o que esperávamos. Funcionando nos mesmos moldes de outras revistas estreiaram antes, oferece interatividade em suas páginas, muito uso de vídeos e gráficos em movimento. A grande maioria dos anunciantes aproveitou o formado do iPad e colocou algum tipo de interatividade em suas peças. Uma boa parte usando vídeos, alguns com ‘mini-sites’ e outros ao menos com links externos. Impressionante notar como aqueles anunciantes que colocaram  apenas uma imagem estática na revista interativa já se notam antiquados com relação aos demais.
A versão iPad da WiReD é bacana, mas dada o legado de vanguarda que sempre cercou a revista e o tempo que levou para o seu debut, eu esperava mais. Faltam ferramentas de compartilhamento de conteúdo, possbilidade de se voltar de jumps dentro das matérias que fazem você mudar de página e um tanto mais. De todas as formas, nada surpreendente o sucesso e a quantidade de unidades vendidas da WiReD em tão pouco tempo. Todos estavam esperando a sua chegada no mundo do iPad.
Independente da inovação (ou falta de, no caso da WiReD), uma coisa está muito clara para todos. Estes são os primeiros experimentos com um novo formato de conteúdo gráfico multimídia que veio pra ficar e é revolucionário.
WiRed Magazine para iPad. US$ 4.99
E no MacMagazine no UOL esse post aí do Rafael Fischmann também do dia 27/05.
Edição para iPad da WIRED Magazine vende 24 mil unidades no seu primeiro dia na App Store
Menos de 24 horas após o lançamento da primeira edição da WIRED Magazine na iPad App Store, John C. Abell, chefe do escritório da Wired em Nova York, anunciou que já foram vendidas mais de 24 mil cópias da publicação em sua versão para a tablet da Apple.

As contas, a partir daí, ficam bem simples: a US$5 cada (preço considerado alto por muitos), a receita geral com o aplicativo foi de US$120 mil. Como a editora Condé Nast fica com 70% desse valor (e a Apple com o resto), em um dia só ela faturou cerca de US$84 mil na App Store. Nada mal, hein? 😉
Na minha opinião, a espera por esse aplicativo — vamos chamá-lo de “emagazine reader”, hehe — valeu muito a pena. Adobe e Condé Nast fizeram um ótimo trabalho no seu desenvolvimento, proporcionando um aproveitamento e interatividade de conteúdos que faz dele um grande candidato a superar a própria experiência de leitura da revista física.

Para termos uma ideia melhor dos números, a Condé Nast afirma em seu site que a Wired tem hoje uma vendagem média de 82 mil exemplares em bancas e de 672 mil assinantes mensais.

peguei agora lá no site do prêmio PIPA.
BARBARA WAGNER
Nasceu em Brasília, DF, 1980. Vive e trabalha em Recife,PE.
Trabalha a imagem fotográfica em distintas direções. Captura os elementos de uma maneira bastante particular e original com o uso do flash, mesmo em cenas cuja luz o faria desnecessário.
Premiada com o Prêmio Pirelli-MASP de Fotografia, obra na coleção MAM-SP e duas residencias internacionais (China e Holanda).
Galeria Mariana Moura, Recife.

TATIANA BLASS
Nasceu em 1979 em São Paulo onde vive e trabalha.
Formou-se em 2001 em Artes Plásticas no Instituto de Artes da UNESP.
Mídias: pinturas, esculturas, instalações e vídeos.
www.tatianablass.com.br
Em 2009, realizou a exposição individual “Cão Cego”na Capela do Museu de Arte Moderna da Bahia. Em março de 2010 fez a exposição “Teatro para cachorros e aviões” na Galeria Milan, em São Paulo.
Em setembro exibirá a instalação “Metade da fala no chão-bateria”em Miami, obra que contemplada com uma bolsa da Cisneros Fontanals Art Foundation (CIFO) para execução de seu projeto.

CAO GUIMARAES
Nasceu em 1965 em Belo Horizonte, onde vive e trabalha.
Cineasta e artista plástico.
Desde o fim dos anos 80, exibe seus trabalhos em diferentes museus e galerias como Tate Modern, Guggenheim Museum, MOMA NY, Gasworks entre outros.
Participou de bienais como a 25a e 27a Bienal de São Paulo, e Insite Biennial 2005 (San Diego/Tijuana).
Recebeu também diversos prêmios como cineasta.

LOURIVAL CUQUINHA
Nasceu em Olinda, Pernambuco em 1975. Vive e trabalha em Londres, Inglaterra.
Produz quadros, fotografias, montagens, instalações, performances, tirolesas, balsas e outras de obras de ver, tocar, aspirar e destruir.
Foi membro fundador e atuante do movimento artístico-autista Molusco Lama que floresceu no Recife-Olinda em meados dos anos 1990.
Em 2009 participa da exposição O Lugar Dissonante, 47º Salão PE e do Brazilian Summer, Art & the City, Het Domein Museum, Holanda. Ainda em 2009 desenvolve o projeto Topografia Suada de Londres na residência Artist Links/British Council em Londres, Jul/Dez.

LAÍS MYRRHA
Nasceu em 1974, em BeloHorizonte, MG, onde vive e trabalha
Mestre pela Escola de Belas-Artes da UFMG, 2007 e graduada no curso de artes plásticas pela Escola Guignard, UEMG, 2001.
Lecionou na EBA/UFMG história da arte (moderna e contemporânea) e no IEC/PUC/MG Crítica e produção artística. Orientou monografias de pós-graduação lato sensu na Escola Guignard – UEMG.
Desde 1998 tem participado de diversas exposições coletivas e individuais. Foi selecionada em 2003 na I Bolsa Pampulha. 2005 Programa Trajetórias do Centro Cultural Joaquim Nabuco, Recife – PE.
Participou da edição 2005/2006 do programa Rumos Visuais do Centro Cultural Itaú. Em 2007 foi contemplada com o Prêmio Projéteis, Rio de Janeiro, e com o Prêmio Atos Visuais, Brasília, ambos concedidos pela Funarte.
Em 2009 realiza exposição individual Border Game na galeria Millan.
Galeria Milan

MARCELO AMORIM

Marcelo Amorim, em sua primeira exposição individual na galeria Oscar Cruz, até 10 de julho de 2010, “faz um convite a seu universo pictórico.
Sua pintura sem textura, sem densidade e pouco contrastada é sedutora. Não há espaço para detalhes.
Tudo se dilui; tudo se esvai pelo predomínio de uma transparência que parece carregar consigo a imaterialidade daquela imagem primeira formada apenas de fótons luminosos.
Sem o rigor de um pintor que se empenha em preciosismos técnicos, Amorim apresenta uma pintura que não se pretende pintura, mas imagem decantada que abre mão de todo o peso dos estereótipos para confundir-se entre cenas quaisquer de um cotidiano amoroso banal.”
KILIAN GLASNER
Nasceu em 1977, em Recife (PE), onde vive e trabalha.
Em 1999, foi premiado no 39º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco e, em 2000, se mudou para a Europa, onde ficou até 2007.
Nesse período, concluiu a graduação e o mestrado em Paris, França, na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, participou de residência artística na Academia Francesa de Artes em Roma, Itália, e expôs seus trabalhos em diversas mostras coletivas realizadas no Brasil e no exterior.
Retornou para Recife em 2008 e apresentou individual na Galeria Mariana Moura. Nesse mesmo ano e na mesma cidade, participou do festival No Ar Coquetel Molotov.
“As fotografias de Kilian Glasner fazem parte de um projeto de prospecção urbana. O trabalho inicia-se na escolha de um imóvel abandonado que é ocupado pelo artista ao realizar intervenções com pintura. Após essa etapa, o artista, numa ação performática, destrói parte do que foi pintado através de golpes de marreta. A casa é então aberta à visitação e as fotos são o registro de todo o processo. A proposição do artista encerra em seus procedimentos algumas questões ligadas ao espaço urbano como as de deslocamento, abandono e reocupação. “  Paulo Reis
Em 2010,Projeto de exposição na Fundação Calouste Gulbenkian
Galeria Mariana Moura
SERGIO ALLEVATO
Nasceu no Rio de Janeiro em 1977, onde  vive e trabalha.
Premio Aquisição no 14 Salao de Arte do Museu de Arte Moderna da Bahia em 2007 pintura – aquarelas.
Inglaterra e Itália desempenham papel importante na formação do artista carioca que estuda na Goldsmiths University de Londres, cidade na qual residiu em 1998 e 1999 como bolsista de Ilustração Botânica Margaret Mee, no Royal Botanic Gardens Kew.
Torino e Florência também foram destinos do autor, onde estudou desenho e pintura nos anos 80.
Graduado em Comunicação Visual pela PUC e com passagem pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, sempre no Rio de Janeiro, o artista integra coleções do Museum of Natural History e da The Zoological Society, em Londres, e do National Museum of Natural History – Smithsonian, do Arizona Sonora Desert Museum e do Hunt Institute for Botanical Documentation, nos Estados Unidos.
Em exposições coletivas, apresentou suas criações em espaços como o New York State Museum (em 1998, 2002 e 2004), o Sternberg Museum of Natural History (2003), em Kansas, EUA, e na 16th World Orchid Conference (1999), no Canadá.
Galeria Artur Fidalgo
TONY CAMARGO
Nasceu em Paula Freitas, PR em 1979. Vive e trabalha em Curitiba,PR.
Formou-se em Artes Visuais pela UFPR em 2001.
Exposições: CCBB, Centro Cultural Banco do Brasil, Nova Arte Nova, São Paulo, Brasil . Memorial de Curitiba. MAC, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, V Bienal Latino Americana Vento Sul, Curitiba, Brasil . Art Basel Miami Beach, Casa Triângulo, Miami, EUA . Centro Cultural Solar do Barão, O Corpo na Cidade (curadoria Paulo Reis), Curitiba, Brasil . SP Arte, Pavilhão da Bienal, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil . Casa da Imagem, Houston, we’ve had a problem, Curitiba, Brasil . SP Arte – foto, Sh. Iguatemi, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil . Zona Maco. México Arte Contemporáneo, Casa Triângulo, Centro Bamex, Cidade do México, México
Galerias: Casa da Imagem, Paraná e Casa Triângulo – São Paulo
FELIPE COHEN
Nasceu em 1976, em São Paulo onde vive e trabalha.
Artista plástico, ilustrador e professor formado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Realizou exposições individuais em importantes centros culturais em São Paulo como Centro Cultural São Paulo e Centro Universitário  Mariantonia .
Exposições individuais recentes:
2010 Arco Madrid – Solo Project – Curadoria Jacoppo Crivelli
2009 Marilia Razuk Galeria de Arte, São Paulo
2009 Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro
Exposições coletivas recentes:
2010 Centro Cultural São Paulo
2009  Edinburgh College of Art, Edimburgh UK
Novas Aquisições da Pinacoteca do Estado de São Paulo
ROMANO
Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
É graduado em artes plásticas pela UFRJ; possui mestrado em Linguagens Visuais pela UFRJ.
Tem trabalhos expostos no Brasil e no exterior e trabalha com novas mídias e arte pública. Realiza, desde 2003, programas de rádio (O Inusitado, Rádio Aberta) em parceria com diversos artistas.
RENATA LUCAS
Nasceu em Ribeirão Preto em 1971. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
A artista realiza trabalhos que lidam com a noção de espaço em todos os seus aspectos: físico, social, geográfico, arquitetônico. Com ações cada vez mais radicais, transforma os espaços.
Em 2009:
  • Participou da Bienal de Veneza
  • Exposição Nova Arte Nova – CCBB – São Paulo
  • Galerias: Luísa Strina (SP) e Gentil Carioca (Rio)
JONATHAS DE ANDRADE
Jonathas de Andrade nasceu em Recife, onde vive e trabalha. Graduado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. UFPE, 2007.
Exposições individuais recentes:
  • Ressaca Tropical, Instituto Cultural Banco Real, Recife (2009);
  • Desenvolvimento do  projeto Condução a deriva;
  • Documento latinamerica, através de um premio concedido pela Funarte e pelo Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (2009).
Participou da 7a Bienal Mercosul.
Galerias: Vermelho (SP)  e Marcantonio Vilaça (Recife)
ANA PAULA OLIVEIRA
Nasceu em Uberaba, MG em 1969. Vive e trabalha em São Paulo.
Graduou-se em licenciatura plena em Artes Plásticas, na Faculdade de Belas Artes de São Paulo.
Exposição em 2010:
  • “Ainda Não e Contrapássaro”. Nessa exposição, a artista plástica desafia a força da gravidade. Usando materiais diversos, como madeira, sacos de água, placas de ferro e pássaros de chumbo,  cria um delicado equilíbrio entre os objetos.
Galeria Virgílio – São Paulo
IVANI PEDROSA
Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
http://www.ivanipedrosa.com
Artista formada pelas EBA-UFRJ, complementou seu conhecimento na EAV- Escola Visula do Parque Lage com Iole de Freitas, Reynaldo Roels, Fernando Cocchiarale, Charles Watson, Guilherme Bueno e cursos no NAT-EAV.
Exposições realizadas:
  • Spazio Oberdan – Milão – Italia,
  • Largo das Artes-RJ,
  • C.Universitário MARIANTONIA USP-SP,
  • Museu Nacional de Belas Artes,
  • Ateliê da Imagem-RJ,
  • Escola de Artes Visuais do Parque Lage-RJ.

tá lá no site do prêmio PIPA:

Está completa a relação dos selecionados para 1a edicão do Prêmio Investidor Profissional de Arte – o PIPA 2010.

A quantidade e dispersão dos nomes é um dado concreto que demonstra a força e abrangência do cenário da arte contemporânea brasileira hoje.

Recapitulando o processo:
O PIPA 2010 foi lançado em 9 de abril de 2010.
No dia 30 de abril, foi anunciado a formação do Conselho do PIPA 2010 (veja composição aqui).
Em 31 de maio, o Conselho anunciou a formação do Juri de Seleção do PIPA 2010. Foram convidadas 32 pessoas renomadas e ativamente ligadas a arte contemporânea brasileira. No processo de formação deste Juri de Seleção, foram levados em conta as áreas de atuação (Criticos, Curadores, Galeristas, Colecionadores e Artistas estabelecidos), bem como sua localização geográfica. Cada integrante do Juri de Seleção teve direito a indicar até cinco artistas, baseado em trabalhos expostos ou produzidos a partir de 01 de janeiro de 2009.

Divulgação:
São 96 artistas (contando coletivos como 1). Tendo em vista a quantidade de nomes e, porque não, para introduzir uma maior emoção no processo, resolvemos que a divulgação dos nomes dos artistas selecionados será feito ao longo da semana, começando um dia antes do previsto, ou seja amanhã, dia 14 e irá até sexta, dia 18, num ritmo de aproximadamente 20 nomes por dia, sorteados aleatoriamente da lista completa. Desta forma, damos mais espaço para cada nome “respirar” e cada nome recebe algo mais próximo da devida atenção.

Visando facilitar o acompanhamento das novidades, disponibilizamos nesta última sexta-feira a funcionalidade de cadastro para recebimento de um mailing list semanal com as novidades do site do PIPA. Basta incluir nome e email. Outra alternativa é o acompanhamento da página do PIPA no Facebook.

A Galeria Nara Roesler tem o prazer de participar mais uma vez da VOLTA. A VOLTA6 acontece em novo endereço este ano, no DREISPITZHALLE, ao lado do Schaulager em Basel.

Artistas participantes:
Paulo Bruscky
Marcos Chaves
Marcelo Silveira
Luiz Hermano
Fernanda Figueiredo & Eduardo Mattos

Datas:
14 a 20 de junho de 2010

Localização:
Dreispitzhalle
Dreispitz Areal
Tor / Gate 13
Helsinki Strasse 5
CH-4142 Münchenstein / Basel
Switzerland
www.dreispitzhalle.ch

Bringing the vibrant, dynamic culture of contemporary Brazil to the heart of London, Festival Brazil celebrates the country’s rich cultural heritage – including music, visual arts, dance, literature, debates and food.
Festival Brazil features UK performances at Royal Festival Hall by cultural icon Maria Bethânia, superstar singer song-writer Gilberto Gil, the legendary psychedelic rock band Os Mutantes and tropicália star Tom Zé. From the favelas of Salvador, the world masters of capoeira leap, flip, kick and spin at breathtaking speed in Brazil! Brazil! a new show for all ages.
Brazil’s most evocative writers and poets form the heart of 2010’s London Literature Festival. Plus two ground-breaking Hayward Gallery exhibitions, featuring some of today’s most exciting international artists, challenge our expectations of art, sculpture and design.
And look out for the many free performances that take over the Southbank Centre site during the Festival.
aqui tem um trailer do festival.

Lurixs: Arte Contemporânea, Rio
Visitação: 15 de junho a 15 de julho de 2010
Entrada Franca

A Lurixs: Arte Contemporânea inaugura no dia 15 de junho, dia do primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo, a exposição “Futebol de Salão – A Coletiva”, com obras em diferentes técnicas – pintura, escultura, fotografia, instalação e vídeo – cujo tema central é o futebol. Serão apresentados trabalhos, de diferentes datas, de artistas consagrados e de jovens talentos, de várias nacionalidades, como Affonso Abrahão (Brasil), Cildo Meireles (Brasil), Daniel Blaufuks (Portugal), François Morellet (França), Julio Leite (Brasil), Luiz Paulo Rocha (Brasil), Lula Wanderley (Brasil) e Raul Mourão (Brasil).

“Futebol de Salão” terá obras nas quais o artista fará desconstruções das linhas do campo de futebol, como é o caso dos trabalhos de Cildo Meireles e Luiz Paulo Rocha; investigações da estética futebolística, como nas obras de Daniel Blaufuks e Julio Leite, e variações sobre as formas primárias dos jogos, como pode ser visto nos trabalhos de François Morellet e Affonso Abrahão. Raul Mourão, que desenvolve um vocabulário plástico com elementos da visualidade urbana deslocados de seu contexto usual, apresentará a obra “Campo todo fraturado”, em aço e resina sintética, de 2010. Durante todo o período da exposição haverá a projeção do vídeo “Arte, Futebol sem Bola”, de Lula Wanderley, que mostra imagens de gols famosos de Pelé, Romário e Maradona, mas sem a bola, que foi subtraída por meio de um processo digital.

Joshua Callaghan (o artista plástico correspondente do b®og em LA com foto e mini perfil aí na barra lateral) foi para North Carolina por três semanas. Deixou um recado na secretária falando da escultura dele na coletiva Casa Bella que inaugurou semana passada na Night Gallery junto com Jennifer Boysen e Michael Rashkow. Pelo que entendi, a escultura Sky Torchiere é uma luminária que fura o teto da galeria e tem no topo lampadas tipo “halogen” que tomaram conta dos anos 90’s mas foram proibidas em 1997 por causa do risco de incêndio.

Night Gallery, segundo Josh, é a galeria de arte mais legal do momento em Los Angeles e funciona sempre de 22h as 2h da manhã, de terça a quinta. É um espaço alternativo criado por artistas e se parece com várias outras iniciativas que estão pipocando em LA. Nesses lugares rolam exposicões boas e ruins, performance de musica e arte, festas etc. Uma cena artística nova e bem agitada começando a dar as caras. A maioria dos espaços aceita propostas. Alguém se anima? Josh mandou a lista com os links abaixo. Valeu JC!!

Workspace (pequeno espaço de exposição)
Outpost for Contemporary Art (tem uma residência sul americana)
Pieter Space (dança e performance)
Human Resources (música, performance e arte)
533
Monte Vista Projects
Artist Curated Projects
Machine Project
Summercamp Project
Actual Size
Sea and Space Explorations
Statler Waldorf Gallery
Syncronicity Space
Echo Curio
La Cienega Projects

Alguns amigos mais chegados sabem que eu escrevi um roteiro de longa metragem com Flavio Tambellini, Lulu Silva Telles e Fernando Velasco chamado O Roubo da Chácara do Céu. (aqui e aqui 2 referências ao projeto e aqui um trailer do maravilhoso documentário Stolen). O Roubo é um filme de ficção que narra a história do personagem Marco Neri, um ladrão internacional de quadros que após roubar o Grito (de E Munch) em 1994 foge para o Rio de Janeiro, se encanta pela cidade e acaba realizando durante o Carnaval de 2006 o maior roubo de obras de artes da história do Brasil avaliado em U$ 50 milhões (4 pinturas de Picasso, Dali, Matisse e Monet).

O argumento foi premiado pelo programa Ibermedia e o roteiro encontra-se no segundo tratamento. Enquanto aguardamos resultados de alguns editais e agendamos encontros com potenciais parceiros e patrocinadores seguimos trabalhando pesado em nosso blog secreto para colocar essa história nas telas.

O Roubo da Chacará do Céu é um filme de ficção que se apropria de várias histórias reais (no roteiro mencionamos 6 importantes roubos acontecidos nos ultimos 20 anos tal qual conseguimos apurar em livros, jornais e sites). O Roubo navega num universo real e misterioso que movimenta a cada ano milhares de obras de arte roubadas em todo o mundo, um mercado de 5 bilhões de dólares por ano segundo o FBI. Alguns especialistas afirmam que um museu com todas as obras já roubadas seria o museu mais importante da humanidade.

Depois que escrevi o argumento original dezenas de outros roubos foram realizados e hoje o camarada Vitor Leite lá da Tv Zero me mandou o link do trailer de um outro documentário que eu divido com vocês aí embaixo:

Maria do Carmo Pontes, a correspondente avançada do b®og em Londres (com foto e micro-perfil aí na barra lateral), mandou a segunda coluna MC LDN.

Ela começa assim…

Vi a exposição que narro abaixo em novembro do ano passado no Museu de Arte Moderna de Paris, após sair cabisbaixa da hermética “Chasing Napoleon” no vizinho Palais de Tokyo. Não consegui ver mais nada o dia inteiro, tão absorta fiquei ao conhecer Apichatpong Weerasethakul. A exposição retomou minha fé na possibilidade de emoção nas artes plásticas.

Na semana passada participei de uma conversa com Apichatpong no BFI. Timidamente levantei a mão e perguntei sobre o porque da arma na exposição. Ele disse que quis fazer um paralelo entre a violência real dos filmes com um objeto de plástico. Não me convenceu (na verdade nem ele se conveceu, acho eu, tendo me perguntado se ele havia respondido a minha pergunta após sua fala, ao que respondi que sim, claro, afinal não ia começar uma discussão curatorial na presença de 200 pessoas). Acredito que tenha sido obra de um cineasta inseguro querendo justificar sua presença num museu através de um elemento escultórico. Apichatpong faz com uma graça admirável a intersecção entre o cinema e as artes plásticas. Dois dias antes da palestra ela havia sido premiado com o grande prêmio de Cannes com “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives” e neste ano ainda participa da 29a Bienal de São Paulo. Alguns de seus filmes podem ser vistos no site da Animate Projects e mais informações sobre o artista podem ser encontradas no site da sua produtora Kick the Machine. Atualmente ele está em cartaz com Phantoms of Nabua no BFI de Londres.

 Phantoms of Nabua, 2008. Filme

 Primitive, 2009. Filme de dupla projeção

E aqui o texto dela…

Apichatpong Weerasethakul – Primitive
Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris

Oito filmes, fotografias, desenhos, livros e esculturas compõe a exposição “Primitive”, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, inspirada no livro “The Man Who could recall his past lives” , escrito por um monge. As obras foram realizadas em Nabua, um vilarejo no nordeste da Tailândia, e mostram a vida de meninos tardios desta região, ocupada pelo exército tailandês entre os anos de 1960 e 80 para controlar os rebeldes comunistas. Os filmes acontecem na intersecção entre documentário e ficção, onde esses meninos sem pai interpretam a si mesmos para a câmera.

O primeiro filme “Phantoms of Nabua”, é mostrado logo na entrada da exposição. Única obra exposta que não faz parte do projeto “Primitive”, o filme começa com uma paisagem noturna onde há um poste de luz entre árvores. Desce a câmera e aparece uma tela de projeção no chão, seguindo para um plano aberto deste ambiente escuro e rural com repetidos trovões. Um personagem sai de casa e caminha, aparecendo junto a um grupo no local da primeira cena, onde a tela projeta imagens dos trovões como que se agora presos na ficção. Os meninos tascam fogo numa bola e começam a jogar futebol com ela. Conforme passa de um pé a outro, a bola deixa faíscas no chão, e estas são, junto com o poste e a tela, as únicas luzes da cena. Num chute, a bola atinge a tela, que queima lentamente, revelando o projetor atrás. Com este filme Apichatpong apresenta todos os elementos compõe o universo da mostra: luzes, budismo, memória, natureza e a fronteira tênue entre inocência e perversidade. Mais ainda, ao apresentar a ação dentro da ação o artista revela a estrutura da exposição, onde as obras são dispostas de forma a emancipar o olhar do espectador ao papel de agente das obras.

O segundo espaço expositivo apresenta grandes ampliações fotográficas dos personagens dos filmes, uma passagem budista do livro inspirador, livros e uma metralhadora falsa disposta verticalmente a partir do chão. Desnecessário apresentar tantos elementos literais, a introdução dos atores e a presença física da violência. Ao entrar numa porta à direita, o espectador se depara com uma sala onde seis filmes de dimensões variadas são projetados simultaneamente: uma grande tela pendurada no teto logo na entrada, duas telas paralelas logo atrás também dispostas a partir do teto  e outras três alocadas na parede. Alem dos filmes, nesta sala há dois desenhos de casas em fogo na parede expostos como caixas de luz. Ao tornar metade das projeções escultóricas, Apichatpong transforma a leitura dos filmes possível de ambos os lados da tela. Se posicionando no centro da sala, o espectador se coloca no centro da ação, de onde vê o desenrolar de todas as histórias, quase que contínuas ainda que singulares: os trovões que caem repetidamente,  os meninos cheios de energia mas que sem outros meios usá-la, correm, e constroem naves espaciais imaginárias.

Tal qual uma narrativa, o espectador atravessa uma porta anexa a esta sala, e se depara com uma projeção dupla de grandes proporções, que ocorre na nave construída anteriormente. Esta se tornou o habitat desses jovens, lugar de segurança e conforto onde dormem, comem e sonham. A projeção dupla é narrada, com uma imagem complementando a outra e ambas complementando a fala, de forma que cada pedaço dessa dialética fornece um elemento para a síntese, que é ambígua, assim como o é o comportamento desses jovens, já não ingênuos. Em dado momento do filme, o narrador se dirige ao espectador, quase imperceptivelmente, como se perguntando: você me escuta?

Maria do Carmo Pontes, maio de 2010