É do historiador-filósofo-pesquisador-dj Miró (da festa Phunk)-fundador presidente da Assembléia Geral (Grupo da Lapa). Lá no blog dele Fred coloca seus textos, pensamentos e outras coisas mais. Esse aí embaixo eu catei lá.

Sobre vidas, metáforas e uma sugestão estética

O Homem é um animal metafórico. Veja bem, não estou dizendo que o Homem é uma metáfora. O Homem se comunica com a vida e a morte através de metáforas, eis o ponto. A vida é descrita como metáforas mis, caixas de chocolate, cruzes, estradas, rios portugueses. Metáforas não são representações. Metáforas são apropriações de palavras e idéias para uso estratégico ou poético.

Curumim, na música “Magrela Fever”, transforma a vida em um passeio de bicicleta pela cidade. Pensamento dormente, vida inteira pela frente, câmbio, quadra, marcha, freio, oleozinho na corrente. Guidão torto, roda amassada, vai de qualquer maneira. A bicicleta é a “Magrelinha invocada”, que zanza pelas ruas. Chinelo na maior categoria, estilingando nas ladeiras, se ajeitando com o dia e se esparrama pelos buracos e histórias. Lindo e leve vai levando, com a cabeça fria e o pé quente. E o coração bombando. Ouçam Japan pop show e confiram. Vale a pena.

O Homem quando faz música transcende. Do micro, torna-se macrocosmo, particular e universal, fala para todos e para um só. A agoricidade da música na hora de sua apropriação subjetiva é um evento filosófico e estético único quando feita com os ouvidos abertos ao que se ouve. Muitas vezes, ouvimos música com ouvidos viciados de saturação, pedindo mais do mesmo apenas pelo prazer de estar confortável sonoramente. Porém, quando criamos o contato afetivo com a canção ou o refrão, com a batida ou o batidão, novas cores surgem, novos significados se engendram, novas sonoridades explodem dentro de você. Basta estarmos abertos à experiência.

A música de Curumim é feita de uma alegria que não só contagia como impele à rua, impele à vida, liberdade, vontade de sair correndo sem rumo, como uma bicicleta em zigue-zague no meio do trânsito. Na maciota, na boa. Meu camarada Felipe Scovino, que fez uma bela tese explorando a idéia de Ironia na arte brasileira contemporânea, abriu essa seara crítica que estico mais: por que não a ironia, a alegria, a calma, a felicidade como categorias de análise da cultura e da vida? O que chamei no texto anterior sobre o Ordinário Groove de “Calma Estética” pode ser lido por aí, pode ser a possibilidade de entender uma sonoridade, uma obra visual, um filme, um livro, como um objeto que lhe transmite calma, alegria. Não comicidade, não relaxamento, mas COMPORTAMENTO e VITALISMO (e aí é inevitável trazermos HO como teórico da vida, a partir de categorias suas como CRERLAZER e BARRACÃO). Tanto no show do Ordinário quanto o som do Curumim transmitem uma calma estética, uma certeza de que você, enquanto espectador/ouvinte, está no lugar certo na hora certa. Talvez esse seja um primeiro caminho: a calma estética se manifesta enquanto prática através da certeza arrebatadora do prazer (o que abre um contradiscurso: é possível a calma estética através do prazer proporcionado pelo abjeto ou pelo cruel?).
Há também a dimensão prática da Calma Estética, isto é, quando o artista ou executor da obra transmite ao espectador segurança, tranquilidade e felicidade, seja realizando um trabalho complexo, seja realizando um trabalho ligeiro e despretensioso. Ao vermos nos dias de hoje artistas sempre estressados, complexos, obscuros, histéricos, enredados em explicações vazias ou, no outro extremo, “fáceis”, mercadológicos, apressados e sem critério, a Calma Estética é facilmente reconhecida quando vista: domínio do ofício e alegria de estar fazendo. Novamente, a Certeza de seu trabalho. Execução fluida, harmônica, complexa porém direta, no alvo.

Assim como existem obras que deprimem, oprimem, “fazem pensar” ou indignam, existem outras que lhe transmitem estados efusivos e prazerosos perenes: músicas de Jobim, um livro como Fup de Jim Dodge, filmes como Little miss sunshine, quadros de Vermeer. Pequenos prazeres dentre o deserto monetário. Focos de luz na babilônia. Metáforas de vida.

É um artista argentino que mora em São Paulo e tem seu trabalho representado pela Galeria Vermelho. Acompanho e aprecio seus trabalhos com grande entusiasmo e o coloco entre os artistas mais interesssantes da nova geração. Nicollas participou da última Bienal de São Paulo com uma série de desenhos publicados no jornal do evento. Esses 3 desenhos abaixo, com tom mais críticos à própria Fundação Bienal e ao projeto da curadoria, foram censurados. Achei eles lá no Forum Permanente do MINC.



Hoje descobri também o blog do jornalista Bruno Moreschi. Gostei e coloquei na lista dos meus links.
Esse texto ai foi publicado na revista BRAVO!

O semeador de imagens


Autor de registros desapressados no interior do Paraná e esquecido por anos, Haruo Ohara foi um dos mais importante fotógrafos do Brasil na segunda metade do seculo passado. Suas imagens servem de inspiração a um mundo que esqueceu a maturação das coisas.

Fotografia e terra eram sinônimos para Haruo Ohara. Enquanto cuidava do café no solo vermelho do interior do Paraná, o imigrante que chegou ao Brasil aos 17 anos registrava, com a paciência de um agricultor, o florescer de um novo mundo. De 1940 a 1970, ele produziu um acervo de 18 mil fotografias, doado no ano passado ao Instituto Moreira Salles. O objetivo era sempre o mesmo: retratar os imigrantes que transformaram, em pouco mais de meio século, uma vastidão de mata em cafezais. Até 1 de março na Galeria de Arte do Sesi, a coletiva Japão: Mundos Flutuantes reserva um dos cantos para o trabalho de Ohara – que morreu ao 90 anos sem o reconhecimento que merecia. Nas paredes marrons tranquilas da galeria, vê-se a obra do fotógrafo que, só agora, resgatamos do esquecimento.


Horizonte infinito – De manhã, um casal de agricultores vai colher café (1940). Entre as marcas do trabalho de Ohara, está o uso de silhuetas anônimas ante o céu vasto e preponderante. O louvor do trabalho fica evidente na transformação da peneira em auréola sagrada sobre a cabeça da lavradora.


Momento certo – Maria, filha de Ohara, e Maria Tomita, sobrinha (1955). Influenciado por Henri Cartier-Bresson, o artista usava familiares para treinar o saque rápido do clique, tão aprimorado nos fotoclubes da região. À diferença de Yutaka Yasunaka, profissional que fotografou as transformações gerais de Londrina, Ohara almejava o registro dos detalhes.


Fotógrafo tardio – Haruo Ohara em bambuzal no sítio em Londrina. O imigrante chegou ao Brasil em 1927 para trabalhar como agricultor no interior de São Paulo e, seis anos mais tarde, comprou um terreno no norte do Paraná. Meia década depois, começou a registrar as primeira imagens do local.

A lama e o homem – Rapaz tenta se livrar do lamaçal em Londrina (1950). Apesar de a maioria das fotografias de Ohara registrar a vida campestre, suas lentes também mostravam a formação da cidade. Num solo ainda instável, a dificuldade em impor a vontade humana.

Novo mundo – Homens observam o que sobrou do cafezal após geada de 1940. Apesar de a natureza clicada por Ohara ser impotente, os homens nunca parecem insignificantes. Mesmo pequeninos em relação à paisagem, mostram o atrevimento intrínseco aos bons exploradores.


Imagens para si –
Maria, filha do artista, brincando no canteiro de flores (1950). Até hoje Ohara é chamado de “fotrógrafo amador”. Fotos bem elaboradas como esta mostram que, no seu caso, o aposto não é sinônimo de incompetente. O termo ficou apenas porque ele evitava vender suas imagens.

Fernanda Lopes é jornalista de artes plásticas, escreve para Bravo!, Gazeta Mercantil etc e colocou no ar um blog muito bacana que eu acabei de conhecer agora. Esse texto sobre a palestra do Vik no MAM Rio eu roubei de lá. Vale conferir também outro post sobre a Bienal de SP que aponta um link para um dossie organizado pelo site Forum Permanente.

Slumdog Millionaire

A capacidade de 180 lugares não foi suficiente para abrigar todos que estavam na fila esperando. Muita gente ficou de fora Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro na tarde de hoje e acabou não vendo Vik Muniz falar. Ele falou durante quase duas horas, e falou muito bem. Sabe como segurar a platéia. Falou sobre seu trabalho, sobre a imagem no mundo de hoje e a importância da educação, sempre recorrendo a piadas e sacadas espertas.

Ele falou muito, mas talvez a expressão “Slumdog Millionaire” escrita em sua camisa que ele usava seja mais importante para defini-lo. [traduzindo para o português, seria algo como “Vira-lata Milionário”]. Isso porque a exposição que ele apresenta no MAM e que no final de abril chega a São Paulo, é a maior já realizada sobre seu trabalho. Em poucas semanas já é um grande sucesso de público (com uma média de 12 mil visitantes por semana) e de mercado, mas não empolga boa parte da crítica. Ele não parece se importar muito. Logo na entrada da exposição, uma frase dele parece uma boa resposta: “Objetos de arte são tristes e vazios pedaços de matéria pendurada no escuro enquanto ninguém os olha. O artista faz somente metade da obra, o observador faz o resto”.

Uma das muitas histórias que ele contou durante a palestra também dá outra pista. Quando ele estava em Nova York trabalhando na série Imagens de linha, onde ele reproduz imagens de obras famosas com linhas, frequentemente recebia a visita de um entregador de Fedex. Um dia, William, o entregador, vendo os trabalhos sobre a mesa quis saber o que era aquilo. “É arte?”. Desde então, sempre que ia fazer uma entrega no ateliê do artista, pedia para entrar e ver o que ele estava fazendo. A relação correu bem, até o dia em que William começou a tecer comentários sobre os trabalhos. “Essa não ficou boa. Você exagerou na relação da linha com o papel”, disse. Um tempo depois, durante um jantar, um importante crítico de arte nova-iorquino parabenizou Vik por sua exposição, mas não sei conteve em dizer que não tinha gostado de uma obra. A mesma que William não gostou, e pelo mesmo motivo. “Você tem toda razão. O meu entregador de Fedex me falou a mesma coisa”, respondeu Vik, informando à platéia que até hoje o tal crítico não fala mais com ele.

Trailer de um documentário brasileiro sobre o artista sul africano William Kentridge que eu peguei lá no Conector. No You tube tem vários outros trabalhos. Tive a oportunidade de ver pessoalmente uma sala dele na última Bienal do Mercosul. Ao lado da exposição de Jorge Machi no Santander foi o que vi de melhor naquela edição.

A camarada Livia Flores mandou essa imagem ontem por email…


A Secretaria de Segurança Pública da Bahia irá instalar cerca de 20 delegacias móveis em vários pontos dos circuitos carnavalescos de Salvador, com uma pequena cela, destinada a presos que cometerem delitos durante as festividades.

Ontem Jorge Viegas da galeria 3 + 1 de Lisboa esteve no ateliê e de repente não sei como a conversa descambou para os humoristas portugueses de hoje. Daí Jorge me falou d’Os Contemporâneos, do Bruno Nogueira, do Gato Fedorento e inevitavelmente chegamos ao impagável Bruno Aleixo. Tinha acabado de ler a entrevista lá no URBE com os criadores do personagem e resolvi colocar o episódio Imigrante-Procheneta aqui também. Daí subitamente o episódio desapareceu e coloquei esse almoço bizarro ai no lugar. Jorge se espantou de saber que Aleixo já é conhecido por aqui.

E por falar em Urbe foi lá que eu li também o bom texto sobre Lapa e o projeto Choro Funk da dupla Sany Pitbull e Sergio Krakowsky que eu coloquei no bRog semanas atrás.

E por falar em Sany Pitbull foi lá numa micro entrevista do Dancing Cheetah com o pessoal do Sobremúsica que Pitbull lembrou bem o pessoal… “Essa parada que chamam de mashup pra mim já rola nos bailes funk desde meados da decada de 90. Tipo 95, 96, sei lá. Quem não lembra da montagem “do the Smith”?? E a guitarra do Dire Straits no Volt mix? Caramba, é classica. Mas parece que essa cultura “nova” para alguns e com a facilidade de varios programas de cpu, virou febre. Vamos nessa, vamos misturar!!!”

“A estória é sobre um pássaro, e se passa numa época antes que o mundo existisse. Pássaros voavam em círculos no céu. Círculos. Círculos. E não paravam de voar porque não existia terra, somente o céu, e eles não paravam de voar. Até que o pai de um dos pássaros morreu. E isso se tornou um grande problema – o que deveria fazer com o corpo? Porque, antes do mundo existir, não havia terra, só o céu. E os pássaros pensaram no que fariam, enquanto voavam. Em círculos. E voaram por dias até que o pássaro finalmente teve uma idéia. Ele decidiu enterrar o seu pai na parte de trás da sua cabeça. Este foi o início da memória.” Laurie Anderson

Minha querida amiga Luisa Duarte (rainha da bateria desse bRog que vos escreve) colocou esse texto aí no blog secreto do Dj Surpresinha e eu resolvi colocar aqui também.

O filme novo do Cao Guimarães está passando até domingo no Cine Glória, no Ponto Cine e no Cine Uff. De tudo o que eu já vi do Cao esse é meu predileto. Imperdível mesmo. No site cinética tem um texto bom do Cezar Migliorin. Ai embaixo vai o trailer que eu catei no canal do MoMA no youtube.

Já faz um ano. Ele estava nadando na piscina do clube após ter feito sauna, de repente afundou subitamente, o salva vidas viu e mergulhou para resgatá-lo no fundo, na raia ao lado nadava um médico cardiologista da PM, no clube havia equipamento desfribilador, o salva vidas e o médico tentaram reaniná-lo, não houve jeito, foi um ataque fulminante.

Era a noite de quarta feira antes do carnaval. Por volta de meia noite meu celular tocou e estranhei o nome Mota no visor, ele não costumava me ligar tarde assim, do outro lado sua esposa Leyses me deu a triste notícia. Foi dificil acreditar, foi dificil avisar aos amigos, foi dificil dormir aquela noite e acordar no dia seguinte para o enterro. É díficil até hoje lembrar do grande amigo.

Conheci o pequeno Eduardo Mota Mendes em 1978 quando frequentávamos a mesma sala da quinta série do ginásio no colégio Zaccaria. Mota morava em Copacabana, era mais forte, maduro, extrovertido e destemido do que nossa turma. Exercia uma certa liderança e fascínio. Alí começou nossa amizade que apesar da distância e de alguns periodos silenciosos sempre foi intensa e carinhosa ao longo desses 30 anos. Mota foi amigo a vida inteira e parceiro na formação e interesse pelas artes na adolescência.

Mota se foi e nos deixou aqui com uma dor imensa. Deixou a sensação de que viveu apenas uma parte de sua vida. Deixou também o pensamento frequente do que ele estaria fazendo agora ao lado dos filhos e da esposa. Deixou uma saudade gigante que não passa nunca.

Hoje acontece a missa de 1 ano na igreja matriz de São Francisco no Saco de São Francisco em Niterói as 19h.

PS:
Na foto acima éramos jovens, o futuro dentista Mota é o segundo da esquerda para a direita, o ano era 1985 ou coisa parecida. Os irmãos Carlos e Paulo Barreto estavam juntos nessa viagem por Araçatiba ou Trindade… Éramos felizes, hoje o sentimento é de tristeza e falta.

Quinta, 8 de janeiro. São 21h30 e a festa está começando. O endereço é tradicional, o prédio é antigo, o apartamento é amplo e a vista é incrível. O Morro da Urca e o Pão de Açucar (minha pedra predileta) definem um cartão postal real na cara do nariz. As 3 salas e a varanda estão cheias de gente animada. Os donos da festa recebem com desenvoltura e simpatia, é um casal de jovens “colecionadores” que conheci outro dia na inauguração de uma exposição no centro da cidade, ela é estilista e ele publicitário.

Poucos móveis, muitos livros pelas estantes, boa música no ar e uma impressionante coleção de pintura brasileira contemporânea bem organizada nas paredes. Telas grandes e pequenas de Emmanuel Nassar, Luiz Zerbini, Daniel Senise, Antonio Dias, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes, José Bechara, Adriana Varejão, Paulo Pasta, Fábio Miguez, Leda Catunda, Rodrigo Andrade, Carlito Carvalhosa, Leonilson e outros mais. A bebida rola solta, a conversa está boa e então me aproximo do anfitrião para comentar a bela coleção.

Ele agradece orgulhoso e atropela sussurando: “Plotei tudo no Studio Alfa, alí na Quinta da Boa Vista, impressão laser colorida sobre lona Sansuy, custa R$ 47,00 o metro quadrado. Digitalizei as imagens em alta resolução a partir dos catálogos e livros e mandei imprimir no tamanho exato de cada original. Adoro arte brasileira, sou um aficionado mas não tenho dinheiro para comprar. Preciso viver ao lado dessas obras, fiz isso apenas para meu uso, não pretendo vende-las, não divulgo isso por aí mas também não escondo de ninguém.”

Fico atordoado com o que ele me diz, pego mais um copo e me aproximo das “obras” para observá-las de perto. A cabeça é invadida por uma série de pensamentos: a indústria fonográfica e como ela foi afetada pelos cds piratas e trocas peer to peer de arquivos mp3; filmes e séries de Tv que as pessoas estão baixando no Torrent; os jogos de futebol que são vendidos em pay-per-view mas que qualquer um pode assistir ao vivo em banda larga no seu próprio computador, Ferreira Gular pintando cópias de Giorgio Morandi e Paul Klee em seu apartamento de Copacabana.

Bechara passa e comenta: “Isso é apenas uma coleção de reproduções em escala real, uma nova versão do poster da lojinha do museu. A pintura real solta matéria, tem cheiro, brilho refletido e brilho interno. Imagens fotográficas e certos tipos de múltiplos serão copiados com muito mais facilidade e intensidade. É hora de artistas, galeristas e instituições começarem a refletir sobre a cultura sample que bate a nossa porta diariamente por dentro e por fora.”

Esclarecimento: Essa festa ainda não aconteceu, essas reproduções ainda não estão penduradas nas paredes, esse casal não existe. Para identificar se uma obra de arte é “boa” deve-se usar o velho truque que Sergio Camargo nos ensinou: Encoste seu ouvido perto do quadro, se você escutar um zumbido baixinho, parecido com o de um motor de geladeira/um marimbondo trabalhando, trata-se de um bom trabalho.

Raul Mourão, janeiro 2009


Peguei o texto abaixo no Pop Prop do Rodrigo Leão e da Renata.

The Hype Machine é um site que nasceu das discussões sobre música nos blogs do mundo inteiro. E tudo que essas pessoas mais curtiram, apareceu lá. É uma espécie de Google Earth da música.

Além de ter uma navegação super fácil, você vai poder visitar milhares de blogs sobre música e também escutar outras milhares de faixas em .mp3 (originais, mixadas e fresquinhas) direto do site.

O mais legal do The Hype Machine é o critério de quem escolhe as músicas e artistas. Tem um monte de gente que gosta de música correndo atrás e disponibilizando os sons mais legais e recentes que estão rolando por aí.

Não dá pra fazer download, mas também, se você curte um artista que faz suas festinhas ficarem mais animadas, que tal apoiar o trabalho deles comprando seus CDs ou MP3? Vai lá.

Postado por Renata Leão
Janeiro 9, 2009



A série Boxer, com cachorros feitos em blocos que teve início em 2003, está subindo pelas paredes. As imagens acima são as 2 primeiras experiências dessa nova fase ainda sem título. Cada retângulo é uma chapa de MDF de 25mm de espessura forrada de fórmica preta.

A idéia de uma construção elementar, que na sua versão tridimensional remetia ao empilhamento de blocos de madeira daqueles que brincávamos na infância ou caixas de sapatos organizadas por um vendedor de sapataria atrapalhado, teve sequência no plano bidimensional no momento da organização imprecisa de retângulos coloridos sobre uma folha de papel branca. A parede tomou o lugar do papel e o desalinhamento entre as formas permaneceu como num velho metaesquema de Oiticica, a escala dos trabalhos acima é 4 vezes maior do que os cachorros tridimensionais realizados em mdf (2003) e granito cinza (2004/5). As fotos são do Quito.

meu nome é barack obama. fui eleito presidente dos estados unidos da américa pela maioria dos cidadãos desse país. isso muito me orgulha e me alegra. nessa condição declaro que a partir desse minuto, os estados unidos não se arrogam mais a liderança de coisa alguma. todos os militares americanos em missão pelo mundo devem voltar aos estados unidos para ajudar na reconstrução de nosso país, gravemente abalado por desmandos da antiga gestão. a partir desse momento, todos os países ganham alforria e podem viver como bem quiser. os estados unidos pode ser apenas um parceiro. não mais um gerente. quero afirmar minha fé no livre comércio, desde que realmente livre de qualquer proteção ou subsídios de estado. igualdade e liberdade para todos. e, para terminar, ergo um brinde a todos os cidadãos desse planeta com um copo d’água, esse líquido precioso que de agora em diante os estados unidos ajudará a preservar e despoluir. salut ! salute ! saúde ! prosit ! cheers !

Escrito por chacal às 07h12, 13/01/2009

A LHE ESPERAR (Liminha e Arnaldo Antunes) é a música nova d’Os Paralamas do Sucesso e já está tocando nas rádios e na web. O disco, só com músicas inéditas, chama-se BRASIL AFORA é o 12º de estúdio e o primeiro desde HOJE, de 2005. Foi gravado em Salvador no estúdio Ilha dos Sapos de Carlinhos Brown e produzido pelo Liminha, chega as lojas em fevereiro e tem projeto gráfico meu, do André Lima e do Rafael Alves (Tecnopop) e fotos (como sempre) do Mauricio Valladares.