Balanço Geral no Conector
Gustavo Mini colocou o post abaixo lá no Conector.
Antes tarde do que nunca: fui ver a exposição do Raul Mourão na Subterrânea no último dia, sábado passado. Conhecia o Raul de nome, das caixas de comentários do Conector. E também tinha visto que ele tinha sido comentado em uma matéria especial da Monocle sobre o Rio (bem antes do caos hidráulico recente). Mas, como bem sabemos, nome é uma coisa e experiência visitando exposição é outra bem diferente.
Não tenho gostado muito de escrever sobre arte. Primeiro porque, craro, me falta conhecimento de causa. Segundo porque, me perdoem o clichê, sempre parece que as palavras não são o suficiente pra enganchar os leitores na minha experiência. Logo, ter ido ver o trabalho do Raul na Subterrânea é mais um desses casos constrangedores: eu quero falar bem, mas não sei como fazer isso sem soar extremamente pretensioso.
Bom… talvez a melhor forma seja simplesmente recomendar fortemente aos leitores que, aparecida a oportunidade, se joguem pra dentro de um espaço com o trabalho do cara e se contentem em passear por ali. Foi mais ou menos essa a minha sensação com o Balanço Geral: o negócio ali não é olhar, apreciar, raciocinar ou pensar. As esculturas cinéticas (ó, já estraguei tudo…) do Raul Mourão parecem pertencer a uma outra classe de coisas que terminam com “ar”: visitar, passear, caminhar, respirar, só estar junto das obras, conviver um pouco com elas (não muito). Quem sabe até comendo um amendoim ou fingindo que não está nem aí. Só não recomendo fones de ouvido e som, acho que aí sim atrapalharia a experiência. Mas, sei lá. Vai saber se pra voce não é melhor?
Bom. Isso tudo não é algo das obras, claro. Nem da exposição ou do espaço. É um lance meu. Se é seu… como saber? Não adianta, você vai ter que dar um jeito de conferir. Cada um com seus problemas.
***
Aproveitando o ensejo, hoje abre um expo nova na Subterrânea. Lyneas e Camadas, com desenhos de artistas latino-americanos. Na abertura, rola bebida e o já tradicional sorteio de obras, no melhor estilo rifa de colégio com números a 5 reais. Um novo clássico de Porto Alegre dando uma refrescada na cena cultural da cidade. Mais informações aqui.