Camillo + MAM / depoimentos


A mini-entrevista que fiz com Camillo está repercutindo aqui no bRog e lá no Facebook também. Além disso está rolando uma troca frenética de emails entre cabeças quentes pensantes da velha e da nova cidade do Rio. Conversa animada em curso, uma fala coletiva se construindo embaixo dos nossos olhos como algum tempo eu não via (será que eu já vi isso antes?). Uma energia boa no ar. Resolvi abrir um espaço aqui pra colocar algumas coisas que chegaram e depois coloco mais… Seguem palavras de Paulo Sergio Duarte e da Livia flores.

Acredito que a entrada de Camillo na curadoria do MAM-RJ dá todas as condições intelectuais de um elevado projeto institucional. É preciso que todos estejam solidários, colaborem, a começar frequentando o MAM e tornando-o de novo um ponto de encontro de artistas, críticos, historiadores e amantes da arte. Mas sobretudo é necessário punch administrativo para captar os recursos materiais necessários ao Museu. Não será investindo em mais um Centro Cultural entre as dezenas já existentes que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro poderá contribuir para reerguer esse importante patrimônio cultural.
Paulo Sergio Duarte (crítico de arte, professor da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro)

“Bate outra vez, com esperanças o meu coração…” É essa música que me vem à cabeça, ao ler a notícia. Talvez eu esteja exagerando na ânsia de redenção daquele espaço mítico, que conheci nas bordas da adolescência pelas bordas, cinemateca, teatro…(como nos tornamos artistas numa cidade sem MAM, convivendo com seu esqueleto?) Não desejo com isso cometer nenhuma injustiça com as gestões anteriores, nem com todos os artistas que lutaram para proporcionar à cidade momentos de esplendor em meio à estagnação geral. Tampouco gostaria de sobrecarregar a nova gestão com expectativas desmesuradas (não-realistas, diriam alguns, é preciso justificar os entraves diversos, a falta de investimento material, etc, etc, etc, etc, etc). O que a música me faz lembrar é a vontade de inscrever a fagulha da criação (=esperança) na invenção do presente. Por isso: Vida longa e produtiva ao MAM!
Livia Flores
(artista plástica, professora da UFRJ)

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